ICMBio diz que vai reforçar fiscalização para evitar alimentação irregular de tubarões em Fernando de Noronha


Instituto constatou a chamada ceva para atrair tubarões, o que é crime ambiental, na mesma região onde turista do Mato Grosso esbarrou com um tubarão-lixa e foi mordida, na terça (19). Tubarões circulam entre barcos no porto de Fernando de Noronha
O Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) anunciou que vai ampliar a fiscalização para evitar alimentação irregular dos tubarões em Fernando de Noronha. Os animais se agrupam na área em frente à Associação Noronhense de Pescadores (Anpesca), no Porto de Santo Antônio (veja vídeo acima). Foi nesse trecho da praia que uma turista do Mato Grosso esbarrou em um tubarão-lixa e foi mordida na perna, na terça-feira (19). Ela foi atendida no Hospital São Lucas e liberada.
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A chefe do ICMBio na ilha, Lilian Hangae, informou que foi constatada a ceva, como é chamada essa alimentação irregular, para atrair tubarões nessa região. A ação é considerada um crime ambiental.
“É um fato que vinha sendo alardeado, a ceva para atrair tubarões. O relato é que são jogados no mar restos de peixe, restos de churrasco para atrair os tubarões. Os turistas nadam com grupos de tubarões”, declarou Lilian Hangae.
Tubarões circulam os barcos no Porto
Erivaldo Alves da Silva (Nego Noronha)/Acervo pessoal
Ainda segundo a chefe do instituto, a alimentação irregular dos animais tem sido praticada pelas equipes que fazem passeios de barco com turistas.
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O decreto 6.514 da lei ambiental indica que é proibido “realizar quaisquer atividades ou adotar conduta em desacordo com os objetivos da unidade de conservação, descritas no Plano de Manejo e regulamentos. A multa prevista varia de R$ 500 a R$ 10 mil”, afirmou a assessoria de comunicação do ICMBio.
A lei também proíbe interação com a biodiversidade. Não é permitido alimentar animais silvestres na Área de Proteção Ambiental (APA) de Fernando de Noronha. A região da Anpesca faz parte da APA. “É permitido nadar com os tubarões, mas não é permitido perseguir nem tocar no animal”, explicou Lilian Hangae.
A chefe do ICMBio também falou das medidas que serão tomadas. “Vamos fortalecer campanhas para conscientização. Além disso, vamos reforçar a fiscalização no Porto de Santo Antônio”, disse Lilian.
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