Rafaela Silva é desclassificada na disputa da medalha de bronze em Paris


Desde 2022, uma regra proíbe o ‘mergulho de cabeça no tatame’. A intenção é evitar lesões cervicais, proteger os judocas. Rafaela Silva faz movimento proibido no judô e é desclassificada na disputa do bronze
A judoca Rafaela Silva chegou até a disputa da medalha de bronze, mas cometeu um erro que motivou a desclassificação.
Uma punição dura demais. Mal dava para acreditar. Mais de 9 minutos de luta contra a japonesa Haruka Funakubo tinham ficado para trás, uma eternidade no judô, quando a Rafaela Silva foi eliminada da disputa pelo bronze por causa de um movimento. Desde 2022, uma regra proíbe o “mergulho de cabeça no tatame”. A intenção é evitar lesões cervicais, proteger os judocas. Mas normas assim também podem machucar.
“Eu trabalhei muito por essa medalha. Eu queria estar dando outra entrevista nesse momento, mas eu peço desculpas porque hoje eu não consegui”, lamentou Rafaela Silva.
Rafaela Silva é desclassificada na disputa da medalha de bronze em Paris
Reprodução/TV Globo
Foi a derradeira tristeza em um dia que tinha tudo para ser perfeito. Começou com uma vitória incontestável sobre Maysa Pardayeva, do Turcomenistão. Nas quartas-de-final, o ippon foi na Eteri Liparteliani, da Geórgia.
A semifinal também foi no golden score, a prorrogação do judô. Mimi Huh, a atual campeã mundial da categoria até 57 kg, imobilizou a brasileira. Rafa foi para a decisão de terceiro lugar e perdeu a chance de ganhar a segunda medalha olímpica da carreira.
“A medalha hoje ficou no detalhe. E, infelizmente, no detalhe eu acabei falhando hoje e estou indo embora sem medalha”, diz Rafaela, chorando.
Rafaela Silva é desclassificada na disputa da medalha de bronze em Paris
Reprodução/TV Globo
Em 2016, no Rio, ela foi campeã. Para quem conhece o sabor do ouro, nada além do pódio interessa nos Jogos Olímpicos. Mas a Rafa ainda tem uma chance nos Jogos de Paris. Vai ser na disputa por equipes mistas, no dia 3 de agosto, na Arena Campo de Marte.
Uma chance também para o Daniel Cargnin voltar para casa com outra impressão de Paris. Medalhista de bronze em Tóquio, nesta segunda-feira (29), ele foi eliminado por Akil Gjakova, do Kosovo, na primeira luta da categoria até 73 kg.
“Deu… Nada funcionou muito bem. Uma luta difícil, mas é levantar a cabeça. É o Brasil vem forte por equipes aí e, na medida do possível, é tentar ajudar a equipe”, disse Daniel Cargnin.
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