Chefe de Estado do Irã pede pena de morte para líderes de Israel

O líder supremo do Irã, apoiador dos militantes do Hamas e do Hezbollah na guerra contra Israel em Gaza e no Líbano, disse nesta segunda-feira (25) que sentenças de morte devem ser emitidas para líderes israelenses, não mandados de prisão.

O Aiatolá Ali Khamenei estava comentando sobre uma decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) que emitiu mandados de prisão na quinta-feira (21) para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, seu ex-chefe de defesa e um líder do Hamas, Ibrahim Al-Masri.

“Eles emitiram um mandado de prisão, isso não é suficiente. A sentença de morte deve ser emitida para esses governantes criminosos”, exclamou Khamenei, referindo-se aos líderes israelenses.

Em uma resolução os juízes do TPI afirmaram haver motivos razoáveis ​​para acreditar que Netanyahu e Yoav Gallant eram criminalmente responsáveis ​​por atos incluindo assassinato, perseguição e fome como arma de guerra, como parte de um “ataque generalizado e sistemático contra a população civil de Gaza”.

A decisão foi recebida com indignação em Israel, que a chamou de vergonhosa e absurda.

Os moradores de Gaza expressaram esperança de que isso ajudaria a acabar com a violência e levar os responsáveis ​​pelos crimes de guerra à justiça.

O governo israelense rejeitou a jurisdição do tribunal sediado em Haia e nega crimes de guerra em Gaza.

O mandado para um líder do Hamas, Ibrahim Al-Masri, lista acusações de assassinatos em massa durante os ataques de 7 de outubro de 2023 a Israel, que desencadearam a guerra no território palestino, e também acusações de estupro e tomada de reféns.

Israel afirmou ter matado Masri, também conhecido como Mohammed Deif, em um ataque aéreo em julho, mas o Hamas não confirmou ou negou a declaração até o momento.

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Israel lançou uma grande ofensiva aérea e terrestre contra o grupo Hezbollah no Líbano no final de setembro. Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e, portanto, inimigos de Israel.

Os bombardeios no Líbano se intensificaram nos últimos meses, causando destruição e obrigando mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. O conflito entre Israel e o Hezbollah já deixou dezenas de mortos no território libanês.

Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.

Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva israelense, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.

Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.

Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.

No momento, as negociações por tréguas estão travadas tanto no Líbano, quanto na Faixa de Gaza.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Chefe de Estado do Irã pede pena de morte para líderes de Israel no site CNN Brasil.

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