Autoridades avançam em acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza


O governo americano declarou que as discussões de quinta (15) e sexta-feira (16) foram as mais produtivas em meses. Autoridades avançam em acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza
Reprodução/TV Globo
No Oriente Médio, depois de dois dias, avançaram as negociações por um cessar-fogo na Faixa de Gaza, e pela libertação dos reféns.
Os mediadores do Egito, Catar e Estados Unidos encerraram a rodada de discussões em Doha e apresentaram para Israel e o grupo terrorista Hamas uma proposta de trégua e libertação de reféns. De acordo com os mediadores, o texto preenche as lacunas existentes até agora entre os dois lados.
As equipes dos países negociadores vão se reunir de novo no Cairo, no Egito, até o fim da semana que vem para finalizar detalhes do acordo. O governo americano declarou que as discussões de quinta-feira (15) e sexta-feira (16) foram as mais produtivas em meses.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que os mediadores estão mais perto do que nunca de chegarem a um cessar-fogo. O chefe da diplomacia americana, o secretário de Estado Antony Blinken, viaja neste sábado (17) a Israel e vai discutir os próximos passos.
Mas o Hamas afirmou que a nova proposta não se compromete com o que já tinha sido acordado antes, e que os Estados Unidos estão tentando criar um clima falso. O grupo terrorista não participou das reuniões em Doha, mas foi informado sobre as discussões. O governo de Israel declarou esperar que a pressão internacional faça o Hamas aceitar o acordo.
Autoridades iranianas e israelenses disseram ao jornal “The New York Times” que o Irã deve adiar um ataque contra Israel enquanto as negociações de cessar-fogo acontecerem. A ofensiva seria em resposta ao assassinato do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã. Israel não comentou a morte, mas o Hamas e o Irã acusam o país.
A expectativa é de que grupos aliados do Irã participem da retaliação, entre eles o Hezbollah, que nesta sexta-feira (16) publicou um vídeo com ameaças a Israel. As imagens mostram lançadores de mísseis escondidos em galerias subterrâneas.
Em Gaza, Israel fez novos ataques e ordenou a retirada de civis de locais que eram zonas de proteção humanitária. Na quinta-feira (15), o número de palestinos mortos na guerra passou de 40 mil, de acordo com o Hamas.
Na Cisjordânia, moradores se despediram de Rashid Sedda, de 22 anos. Ele foi morto a tiros durante um ataque de dezenas de colonos israelenses que invadiram uma vila palestina na quinta-feira (15). Eles incendiaram carros e casas, e deixaram vários feridos.
O ataque gerou condenações da ONU, Reino Unido, França e Estados Unidos. O Exército de Israel prendeu um israelense. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que vê o incidente com máxima gravidade e declarou que os responsáveis serão julgados.
Autoridades avançam em acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza
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