EUA são parceiros significantes na cadeia de alumínio, diz Abal

O recente aumento das tarifas sobre o alumínio e o aço pelos Estados Unidos tem gerado preocupações na indústria brasileira.

Janaína Dônas, presidente executiva da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), compartilhou insights sobre o impacto dessas medidas nas exportações brasileiras e a posição do país no mercado global de alumínio.

Apesar do aumento nas exportações no primeiro trimestre, a executiva atribui esse movimento à recomposição de estoques na expectativa do anúncio das novas medidas.

Participação brasileira no mercado americano

Embora a participação do Brasil na balança comercial dos Estados Unidos seja de apenas 1%, Dônas ressalta que os EUA são um parceiro significativo para produtos de maior valor agregado na cadeia do alumínio.

A executiva destaca que cerca de 90% do alumínio produzido nos Estados Unidos tem “DNA brasileiro”, considerando a importação de alumina, insumo fundamental para a produção de alumínio primário.

As medidas estão sendo aplicadas unilateralmente, sem discriminação de países, com exceção do Reino Unido, que manterá suas tarifas em 25% até meados de julho. Dônas afirma que, embora não exista um alvo específico para essas medidas, o Brasil sentirá os efeitos colaterais.

Vantagens competitivas do Brasil

A presidente da Abal enfatiza as vantagens competitivas do Brasil no setor de alumínio. Entre elas, destaca-se a relação de complementaridade dentro da cadeia com os Estados Unidos, a qualidade dos produtos brasileiros e a competitividade em termos de sustentabilidade, com uma menor intensidade carbônica na produção de alumínio.

Dônas argumenta que a resiliência da cadeia não pode depender apenas de medidas protecionistas, mas também de uma cadeia mais integrada e da disponibilidade de insumos estratégicos.

Ela ressalta que os Estados Unidos não são autossuficientes na produção de alumínio e dependem da importação de insumos, como a alumina brasileira.

A executiva conclui que, embora existam preocupações com práticas anticompetitivas, isso não ocorre no Brasil, o que poderia ser um diferencial em futuras negociações com os Estados Unidos.

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