Israel alerta população do Líbano contra retorno imediato para o sul

O Exército de Israel emitiu um aviso aos residentes no sul do Líbano para não se deslocarem para o sul do rio Litani, apesar do cessar-fogo entre as forças israelenses e o Hezbollah ter entrado em vigor na terça-feira (26).

“Para sua segurança e a segurança de sua família, está estritamente proibido se mover para o sul em direção aos locais que as Forças de Defesa de Israel (FDI) emitiram ordens de desocupação ou em direção às regiões que as FDI estão. Qualquer movimento em direção a essas áreas coloca você em risco”, declarou o porta-voz das FDI, Avichay Adraee, em um post no X nesta quarta-feira (27).

Ele acrescentou que a partir das 17h desta quarta até às 7h de quinta-feira (28), no horário local, “ir para o sul do rio Litani está estritamente proibido”.

“Qualquer pessoa localizada ao norte do rio Litani está proibida de se deslocar para o sul. Qualquer pessoa localizada ao sul do rio Litani deve permanecer no local”, destacou o alerta.

“Lembramos que as FDI ainda estão no sul do Líbano sob os termos do acordo de cessar-fogo. As nossas forças responderão com firmeza a qualquer movimento que viole este acordo”, ressaltou.

Embora a proposta de cessar-fogo de 60 dias entre Israel e o Hezbollah, que foi aceita na terça (26), estipule que as FDI devem se retirar completamente do sul do Líbano, isto não ocorrerá imediatamente.

Entenda os conflitos no Oriente Médio

No final de novembro, foi aprovado um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. Isso acontece após meses de bombardeios do Exército israelense no Líbano.

A ofensiva causou destruição e obrigou mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. Além disso, deixou dezenas de mortos no território libanês.

Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e, portanto, inimigos de Israel.

A expectativa é que o acordo sirva de base para uma cessação das hostilidades mais duradoura.

Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.

Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva de Israel, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.

Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.

Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Israel alerta população do Líbano contra retorno imediato para o sul no site CNN Brasil.

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