Comédia de terror ‘Y2K’ colorizada com DaVinci Resolve Studio

A Blackmagic Design anunciou que a comédia de terror “Y2K” foi colorizada com o software de edição, gradação de cores, efeitos visuais (VFX) e pós-produção de som DaVinci Resolve Studio.

Em “Y2K”, na última noite de 1999, dois estudantes do ensino médio invadem uma festa de Ano Novo, mas acabam tendo que lutar por suas vidas nessa comédia de desastre ambientada na era da internet discada. Com direção de Kyle Mooney e fotografia de Bill Pope, o tratamento de cores do filme foi realizado pelo colorista sênior Charles Bunnag, da Light Iron, uma empresa da Panavision.

Bunnag, que já havia trabalhado como um colorista adicional junto de Pope em “MIB: Homens de Preto III” e “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”, definiu o estilo que desejava para “Y2K” com o diretor de fotografia. “Era importante para o Bill que o filme tivesse o visual de algo filmado em 1999”, disse Bunnag. “Ele queria emular o visual e a atmosfera das comédias adolescentes daquela época. ‘Eu quero que se pareça com ‘Superbad: É Hoje’’ não foi algo que esperava ouvir do Bill, mas foi uma referência muito útil e uma boa desculpa para rever o filme.”

Em 1999, os filmes ainda eram fotografados em películas. Então, a discussão sobre a correspondência visual rapidamente se voltou para a percepção de como os negativos se pareciam e como recriar esse estilo no DaVinci Resolve Studio. “Bill e eu falamos brevemente sobre os tipos específicos de películas, mas rapidamente percebemos que a nossa memória sobre a aparência de um filme era mais importante que os detalhes técnicos. Com isso em mente, eu criei uma árvore de nós na trilha de cores da linha de tempo, que atuava como uma LUT de emulação. Essa LUT/árvore de nós oferecia um ponto branco mais quente e intensificava os vermelhos nos tons médios e tons de pele.”

Bunnag também utilizou a ferramenta Detecção de Bordas ao longo de todo o filme para criar um visual de película. “A saída da ferramenta era usada como um fosco para conter um desfoque muito sutil nas bordas supernítidas e nos detalhes finos. Como a película não é composta por pixels, tecnicamente não existem bordas verdadeiramente nítidas, por mais focada e nítida que a imagem esteja”, continuou Bunnag. “Usar a Detecção de Borda para controlar um desfoque mínimo eliminou um pouco do look digital, que pode ocorrer nas partes ultranítidas da imagem, como em mechas de cabelo ou outras áreas com detalhes de alta frequência. A granulação foi adicionada como a última etapa na linha de tempo com a trilha de cores. A halação também foi usada ao longo do filme todo, mas só em um trilha pós-clipe agrupada para permitir ajustes de cena em cena.”

O filme, uma combinação única de comédia, fantasia e ficção científica, empregou uma grande variedade de efeitos visuais, incluindo animatrônicos práticos, maquetes e imagens geradas por computador. Ocasionalmente, Bunnag percebeu que poderia combinar os elementos no tratamento das cores para um visual mais uniforme. “Eu diria que a minha maior contribuição em termos de VFX foi incluir uns toques finais em algumas composições: ajustando os níveis de preto, aumentando a intensidade de fogos e de explosões e ajudando a integrar algumas composições de monitores. Uma das cenas foi especialmente difícil e exigiu muita rotoscopia complexa e ajustes de cores para fazer a iluminação se conectar aos efeitos visuais.”

A cena, na qual a personagem Laura (interpretada por Rachel Zegler) hackeia a IA maligna, exigiu bastante atenção. “A luz prática do monitor não combinava com a composição final após as mudanças de design realizadas na pós. Encontrar uma maneira de tornar essa diferença na iluminação convincente foi um desafio, mas fico feliz que as ferramentas no DaVinci Resolve me ajudaram a encontrar uma solução que satisfez os cineastas.”

Site relacionado: https://www.blackmagicdesign.com

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