Rússia está em contato com novas autoridades da Síria, diz assessor do Kremlin

A Rússia está em contato com a nova administração da Síria tanto em nível diplomático quanto militar, segundo o assessor de política externa do Kremlin, Yuri Ushakov, nesta segunda-feira (23).

A Rússia concedeu asilo ao ex-presidente Bashar al-Assad e a família dele neste mês, depois que rebeldes tomaram o controle da capital Damasco após um avanço relâmpago e amplamente sem oposição.

O governo de Vladimir Putin afirmou anteriormente que está em negociações sobre o destino de uma instalação naval que opera no porto de Tartous e sobre a base aérea de Hmeimim que opera na província de Latakia.

Entenda o conflito na Síria

O regime da família Assad foi derrubado na Síria no dia 8 de dezembro, após 50 anos no poder, quando grupos rebeldes tomaram a capital Damasco.

O presidente Bashar al-Assad fugiu do país e está em Moscou após ter conseguido asilo, segundo uma fonte na Rússia.

A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

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