Restauração de relógio demandou “jeitinho suíço-brasileiro”, diz embaixador

No dia que marca dois anos dos ataques aos prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, o governo federal realizou uma cerimônia para entrega de peças danificadas na ocasião e que foram restauradas.

Um dos bens, que na época ganhou destaque na mídia e se tornou símbolo dos atos criminosos, é o relógio histórico trazido ao Brasil por Dom João 6º, presente da Corte Francesa para a Coroa Portuguesa, que ficava exposto no Palácio do Planalto.

A obra, destruída por uma das pessoas que participava dos atos, foi restaurada em parceria com o governo suíço. No evento realizado na manhã desta quarta-feira (8), o embaixador da Suíça no Brasil, Pietro Lazzeri, falou sobre o processo de reconstrução.

“Foi complexa, precisou de excelência da fiabilidade, mas também da criatividade e do jeitinho suíço-brasileiro e funcionou”, afirmou.

O relógio de pêndulo coberto por cascos de tartaruga foi desenhado por André-Charles Boulle e fabricado pelo relojoeiro francês Balthazar Martinot.

Os reparos foram feitos em um dos mais tradicionais fabricantes de relógios do mundo, a Audemars Piguet e, de acordo com o embaixador, demandaram mais de mil horas de trabalho de vários profissionais.

Em sua fala, Lazzeri destacou que a Suíça está “orgulhosa em ter contribuído”.

“São tempos desafiadores, complexos, acho que é fundamental valorizar e cuidar das nossas relações, da nossa amizade, dos nossos direitos humanos e das nossas democracias, que são delicadas e ao mesmo tempo resilientes, como esse relógio que volta aqui, hoje, no coração do Brasil”, disse.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Restauração de relógio demandou “jeitinho suíço-brasileiro”, diz embaixador no site CNN Brasil.

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