MP-SP pede cassação de vereador de Santos suspeito de ter campanha financiada por pessoas ligadas a facção criminosa


Segundo o Ministério Público de São Paulo, o parlamentar recebeu doações de campanha sem lastro financeiro. Órgão ressaltou que os doadores estariam envolvidos com o PCC. A defesa do vereador nega irregularidades nas doações e disse confiar na Justiça para apurar os fatos. Ministério Público pediu cassação do mandato do vereador Marcelo Téo (PP), de Santos
TSE e Candido Gonzalez/Prefeitura de Santos
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pediu à Justiça Eleitoral pela cassação do mandato do vereador santista Marcelo Correia, o Marcelo Téo (PP). De acordo com o órgão há suspeita de envolvimento do parlamentar com o crime organizado. A defesa do vereador nega irregularidades nas doações e disse confiar na Justiça para apurar os fatos.
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Segundo o MP-SP, uma investigação da promotoria local, do Núcleo de Inteligência e Gestão de Conhecimento e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), apontou que o Marcelo Téo teve a campanha financiada por pessoas ligadas ao PCC.
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) apontou que os doadores seriam os irmãos do vereador.
Segundo o MP-SP, um dos irmãos é visto como uma das chefias do PCC na região, enquanto o outro é investigado por lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Caixa Forte, deflagrada em 2020 e que resultou na apreensão de cerca de R$ 2 milhões e US$ 730 mil do tráfico de drogas.
O que diz o vereador?
Ao g1, a defesa do vereador informou que não houve qualquer decisão definitiva que possa comprometer o mandato do vereador, sendo prematuro e especulativo qualquer juízo de valor que não se baseie em provas cabais e devidamente analisadas pelo Poder Judiciário.
“Eventuais suspeitas lançadas sobre a origem de doações já foram devidamente esclarecidas no âmbito judicial, oportunidade na qual foram espontaneamente apresentados comprovantes de rendimentos e declarações do imposto de renda dos doadores, comprovando-se a regularidade da campanha”, diz trecho da nota.
A defesa do vereador pontuou que o cliente reafirma seu compromisso com a legalidade e a transparência, ressaltando que confia plenamente na Justiça para que os fatos sejam apurados com a devida isenção e dentro dos estritos limites do devido processo legal.
Veja a nota da defesa na íntegra:
Em resposta à recente matéria publicada que veicula informações sobre a ação movida pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) em face do vereador Marcelo Correia, conhecido como Marcelo Téo (PP), cumpre esclarecer que o referido processo tramita sob segredo de Justiça. Diante disso, qualquer divulgação de informações sensíveis sem a devida autorização judicial pode configurar violação das normas processuais e constitucionais vigentes.
O vereador Marcelo Téo reafirma seu compromisso com a legalidade e a transparência, ressaltando que confia plenamente na Justiça para que os fatos sejam apurados com a devida isenção e dentro dos estritos limites do devido processo legal.
Reitera-se que, até o momento, não houve qualquer decisão definitiva que possa comprometer o mandato do vereador, sendo prematuro e especulativo qualquer juízo de valor que não se baseie em provas cabais e devidamente analisadas pelo Poder Judiciário.
A defesa do parlamentar enfatiza que ele sempre conduziu sua campanha dentro dos parâmetros estabelecidos pela legislação eleitoral e que jamais participou ou teve conhecimento de qualquer ato que pudesse comprometer a lisura do processo eleitoral.
Eventuais suspeitas lançadas sobre a origem de doações já foram devidamente esclarecidas no âmbito judicial, oportunidade na qual foram espontaneamente apresentados comprovantes de rendimentos e declarações do imposto de renda dos doadores, comprovando-se a regularidade da campanha. Por fim, a equipe jurídica do vereador permanecerá acompanhando o desenrolar do processo e adotando as medidas cabíveis para garantir que a verdade prevaleça e que o mandato democraticamente conquistado seja respeitado.
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