‘Tribunal do tráfico’: o que se sabe e o que ainda falta saber sobre mortes de amigas de 18 anos


Anna Clara Ramos Felipe e Ayla Pereira dos Santos, de 18 anos, foram encontradas mortas um dia após o desaparecimento, em janeiro. Delegado fala sobre caso de amigas mortas em MT
As amigas Anna Clara Ramos Felipe e Ayla Pereira dos Santos, ambas de 18 anos, foram encontradas mortas um dia após desaparecerem, em janeiro. Os corpos tinham sinais de tortura e estavam enterrados em uma região de mata em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá.
Nesta terça-feira (18), a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão contra um preso da Penitenciária Central do Estado (PCE), suspeito de encomendar a morte das amigas.
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Veja abaixo o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso:
A morte de Ayla e Anna
Quem são os presos?
Qual a relação entre as amigas e os suspeitos?
Qual a linha de investigação da polícia?
A morte de Ayla e Anna
Da direira para a esquerda: Ayla Pereira dos Santos e Anna Clara Ramos Felipe, ambas de 18 anos.
Reprodução
Anna Clara e a transexual Ayla Pereira estavam desaparecidas desde 28 de janeiro. Segundo a polícia, as mortes foram transmitidas por videochamada para um detento investigado por encomendar o crime.
Os corpos estavam em uma região de mata e foram encontrados em uma investigação da polícia sobre suspeitos envolvidos no tráfico de drogas na região. Uma das suspeitas informou que viu as duas pessoas amarradas em uma casa e que, depois de serem mortas, foram levadas para os fundos, em uma região de pasto.
O corpo de Anna Clara estava escondido em uma moita e tinha marcas de queimadura nas costas, causadas por tortura. Já o corpo de Ayla foi encontrado em uma cova rasa, amordaçado e também com marcas de queimadura nas costas.
Quem são os presos?
Ao todo, a polícia decretou a prisão de cinco pessoas. Em janeiro, uma jovem de 19 anos, uma mulher e um homem de 34 anos foram presos por suspeita de envolvimento no crime e autuados em flagrante por ocultação de cadáver.
Nesta terça-feira (18), a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão contra um detento da Penitenciária Central do Estado, suspeito de encomendar a morte das amigas. Durante as buscas no presídio, chips e celulares foram encontrados na cela do investigado. Entre o material, estava o celular que o delegado acredita ser o mesmo que foi usado para transmitir as mortes.
As investigações identificaram ainda um quinto suspeito, que também teve a ordem de prisão decretada pela Justiça, mas segue foragido. Os nomes dos presos não foram divulgados.
Qual a relação entre as amigas e os suspeitos?
Segundo o delegado responsável pelo caso, Igor Sasaki, as amigas tinham envolvimento com organização criminosa e foram vistas andando com os suspeitos no dia do crime. Ainda não se sabe se eram amigos ou se tinham envolvimento amoroso.
Qual foi a motivação?
A linha de investigação da polícia sugere que as amigas possam ter descumprido alguma norma da facção, o que teria levado à ordem para matá-las, segundo o delegado.
Na casa próxima ao local em que os corpos foram encontrados, foi apreendida uma barra de ferro cujas marcas são semelhantes às encontradas nas duas jovens, além de uma porção grande de maconha, pá, picareta e uma escavadeira.
Casal é preso por suspeita de envolvimento na morte de duas jovens em Tangará
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