Professora de Relações Internacionais explica eleições na Alemanha

As eleições na Alemanha, marcadas para este domingo (23), estão gerando preocupação no cenário político europeu devido ao crescimento expressivo da Alternativa para a Alemanha (AfD), partido de ultradireita. A professora Carolina Pavese, professora de Relações Internacionais, analisou o impacto dessas eleições na Europa durante o Agora da CNN, neste sábado (22).

Segundo Pavese, a Alemanha, como principal economia e maior país da União Europeia, tem um peso político significativo nas instituições do bloco. “A mudança no governo interno vai repercutir inevitavelmente na agenda da União Europeia, se tornando uma agenda mais conservadora, freando justamente esse multilateralismo, essa cooperação internacional e esse globalismo que são as bases do processo de integração”, explica.

A AfD, fundada em 2013, tem ganhado força principalmente no leste da Alemanha, região mais pobre e menos desenvolvida. O partido apresenta propostas contra a imigração, defende o fechamento de fronteiras e a religação do gasoduto Nord Stream, que foi fechado devido ao conflito na Ucrânia.

Impacto na política europeia

O crescimento da extrema-direita na Alemanha não é um fenômeno isolado. A professora destaca que outros países europeus, como França e Portugal, também têm visto o avanço de partidos populistas de extrema-direita. “A extrema-direita vem crescendo em partidos populistas como esse e avançando em vários países da Europa, onde se considera o berço da democracia”, afirma.

As pesquisas indicam que Friedrich Merz, líder do partido CDU (União Democrata-Cristã), deve ser o novo chanceler da Alemanha. Merz já descartou uma aliança com a AfD, mas adotou recentemente um discurso mais conservador em relação à imigração, possivelmente para atrair eleitores que não votariam na esquerda ou no Partido Verde.

Desafios econômicos

A crise política e econômica na Alemanha é um fator crucial nessas eleições. O país enfrenta um crescimento negativo em 2023, com perspectivas baixas para 2024 e uma recuperação tímida prevista para 2025. A desindustrialização, o aumento do custo de energia devido à guerra na Ucrânia e a inflação são desafios significativos para o próximo governo.

Carolina Pavese conclui que o grande desafio do novo governo será lidar com essas questões econômicas e energéticas, considerando especialmente o impacto contínuo da guerra na Ucrânia. As eleições de domingo (23) serão cruciais para determinar o futuro político da Alemanha e seu papel na União Europeia.

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