
Seis suspeitos de fazerem parte de um grupo neonazista vão a júri popular nesta quinta-feira (20) na Região Metropolitana de Curitiba. O grupo é acusado de matar o casal Bernardo Dayrell Pedroso e Renata Waeschter Ferreira durante uma festa com tema neonazista em Campina Grande do Sul. O julgamento será no Fórum do município.
O crime ocorreu em 2009 e segundo a investigação foi encomendado pelo economista Ricardo Barollo, apontado como líder do grupo no Brasil. Barollo está preso em São Paulo e vai a julgamento no dia 22 de maio. Bernardo foi morto porque queria sair do grupo, e o caso foi visto como traição pelos companheiros.
Barollo queria um líder atuando no Paraná e tinha intenção de dar este trabalho à vítima, que estudava Direito em Minas Gerais. Renata estudava Arquitetura na PUC-Paraná. O casal foi morto as margens da BR-476. Os membros do grupo foram presos em São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e uma das armas usada no dia do crime foi encontrada no Parque Barigui, em Curitiba.
A investigação apontou ainda que a festa contava com a participação de um grupo de cerca de 20 pessoas de vários estados que faziam parte do movimento. As células neonazistas existem em vários países e são vistas como organizações extremistas.
Informações: Juliano Couto