
As mulheres são as que mais contraem dívidas no Brasil e as mais empenhadas em quitá-las. Isso é o que aponta a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) divulgada neste mês.
O levantamento mostra que, apesar de a diferenças entre os gêneros ter diminuído em relação a 2024, o porcentual de mulheres endividadas (76,9%) era superior ao porcentual dos homens (76%). Em relação a participação das mulheres nas finanças das famílias, 93% das entrevistas afirmaram contribuir ativamente na manutenção da casa.
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Desse número, em 33% elas eram as únicas responsáveis pelo sustento. Esse porcentual é ainda maior nas faixas de renda mais baixa (classes D e E), onde, em 43% dos casos, o encargo das despesas recai exclusivamente sobre elas. Além disso, as mulheres recebem 19,1% a menos do que os homens.
Os dados, somados, mostram os desafios enfrentado por elas, já que 90% das entrevistadas afirmaram que precisavam aliar o trabalho remunerado, com as tarefas domésticas e as despesas familiares.
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A pesquisa da Serasa com a CNC (Confederação Nacional do Comércio) mostra ainda que 40% das mulheres priorizam as dívidas na hora de organizar o orçamento familiar e que elas fecham 25% mais acordos do que os homens no Feirão Limpa Nome.
A dificuldade de obter crédito (47%) e o endividamento (31%) são os principais desafios financeiros. Oito em cada dez mulheres (85%) já tiveram algum pedido de crédito negado.
Informação: Mirian Villa