
“Bom dia, eternidade” aborda o envelhecimento da população negra e nos convida a refletir, o que entendemos por envelhecer e como nos vemos idosos.
Recheada de ancestralidade e cultura negra, a peça conta a história de quatro irmãos que, quando crianças, foram despejados de sua casa durante a ditadura militar. Após uma passagem de 60 anos eles recebem a restituição do terreno em que cresceram.
A narrativa viaja por suas lembranças no local e como suas vidas foram transformadas após a demolição.
Durante a apresentação, a interação com o público possibilitou que os temas abordados fossem tratados com proximidade. O espetáculo realizado neste domingo (30) lotou o Teatro da Reitoria da UFPR, no centro da cidade e foi aplaudido de pé.
A plateia incentivada pelos atores, enquanto a música tocou, não parou de bater palma no ritmo da música.
O ator Filipe Celestino, explica que o nome surgiu antes da história, a partir do filme “Bom dia, eternidade” de Rogério de Moura. Segundo ele, antes da terceira idade chegar ao elenco, estudar o tema por meio de teses, jornais e matérias era algo pesado e chocantes.
Quando os baluartes chegaram, tudo se tornou vida e poesia, sendo impossível fazer algo que fosse diferente disso.
A estudante de licenciatura em teatro na UFPE, Ariane Fernandes, veio de Recife para realizar o sonho de assistir o Festival de Curitiba.
Segundo Ariane, ela decidiu assistir à peça pela temática do etarismo, e pela inclusão de atores idosos negros em um espaço que, muitas vezes, é elitista. A estudante conta que consegue se enxergar idosa e se questiona se vai conseguir envelhecer fazendo o que gosta.
“Bom dia, eternidade” é exibida nesta segunda-feira (31), às 20:30 no Teatro da Reitoria, XV de Novembro, 1299, no Centro de Curitiba. Os ingressos custam a partir de R$ 42,50.
Serviço:
- Data: domingo (30) e segunda-feira (31)
- Horário: 20:30
- Local: Teatro da Reitoria, XV de Novembro, 1299 – Centro
- Classificação Indicativa: 12 anos
- Ingressos: A partir de 42,50
- Evento: Mostra Lúcia Camargo
Colaboração: Bruna Emanuelle, aluna UP