O plano da China de facilitar os serviços financeiros internacionais ajudará a promover um maior uso internacional do iuan, disse uma autoridade sênior do banco central nesta quarta-feira (23), em um momento em que as tensões comerciais globais se intensificam.
O banco central publicou um plano nesta semana incentivando as empresas estatais a priorizarem o uso do iuan em pagamentos e liquidações à medida que expandem suas atividades no exterior.
Os anúncios foram feitos depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou as chamadas tarifas “recíprocas”, que abalaram o comércio global e agitaram os mercados financeiros.
Lu Lei, vice-presidente do Banco do Povo da China, disse a repórteres em Pequim que o ambiente externo se tornou mais complexo e que as forças que impulsionam o crescimento econômico global são insuficientes, enquanto o protecionismo se intensifica.
“O sistema de comércio multilateral foi bloqueado. As barreiras tarifárias aumentaram. Isso afetou a estabilidade da produção global e das cadeias de suprimentos e prejudicou o ciclo econômico internacional.”
Lu pediu às empresas chinesas que acelerem os investimentos no exterior, acrescentando que as melhorias nos serviços financeiros internacionais ajudarão a impulsionar o uso do iuan no comércio e nos investimentos.
O presidente da China, Xi Jinping, visitou este mês três países do sudeste asiático em um movimento para reforçar os laços regionais, pedindo aos parceiros comerciais que se oponham à intimidação unilateral.
O iuan permaneceu em março como a quarta moeda mais ativa do mundo para pagamentos globais em valor, com uma participação de 4,13%, de acordo com o serviço de mensagens financeiras Swift.
Um conjunto separado de dados mostrou que o uso internacional do iuan atingiu um recorde de US$ 724,9 bilhões no mês passado, respondendo por 54,3% de todas as atividades internacionais da China, informou o órgão regulador de câmbio do país na terça-feira.
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