
Fábrica em Paulista, no Sertão, produzia manteiga adulterada com uso de registros e rótulos falsos. Três pessoas foram presas e toneladas de alimentos irregulares foram apreendidas durante fiscalização. Fábrica é interditada por produção irregular e falsificação de manteiga da terra, no Sertão da PB
Divulgação/MPPB
Uma fábrica de laticínios foi interditada e três pessoas foram presas em flagrante, na quinta-feira (24), durante uma operação deflagrada por uma força-tarefa coordenada pelo Ministério Público da Paraíba (MP-Procon), no município de Paulista, no Sertão da Paraíba. A ação identificou a produção irregular e falsificação de manteiga da terra, além do uso indevido de registros sanitários e rótulos de outras marcas.
Mesmo registrada nos órgãos competentes, a fábrica operava em condições irregulares, com alimentos fora dos padrões higiênicos e sanitários, além de apresentar fortes indícios de adulteração, dentre eles, a substituição de gordura láctea por gordura vegetal.
A operação resultou na apreensão de 300 potes de manteiga da terra, 15 mil litros de leite, três toneladas de margarina, três mil litros de óleo vegetal e uma carga transportada por caminhão. Também foram encontradas cerca de 10 caixas com rótulos de diferentes marcas.
Dois gerentes e um médico veterinário foram autuados pelo crime de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios. Os três foram encaminhados à delegacia de São Bento, também no Sertão paraibano, onde aguardam audiência de custódia.
Fábrica é interditada por produção irregular e falsificação de manteiga da terra, no Sertão da PB
Divulgação/MPPB
A Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) determinou a suspensão imediata da fabricação, comercialização, distribuição, armazenamento e transporte de todos os produtos da fábrica interditada, incluídos o queijo de manteiga marca Paulista e a manteiga da terra das marcas Paulista, Rainha, Paraibana, Gêmeos, Serrano e Caicó.
Em João Pessoa, um desdobramento da operação resultou na interdição cautelar de uma distribuidora que revendia os produtos adulterados. A empresa utilizava rotulagem enganosa, com o número de registro sanitário de outro fabricante, prática que pode induzir o consumidor a erro sobre a origem e qualidade dos produtos. Também foi determinado o recolhimento imediato de produtos da marca Caicó.
A Receita Estadual ainda constatou a ausência de maquinário industrial na distribuidora, o que reforça as suspeitas sobre a origem irregular dos produtos comercializados.
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