
Foi realizada ontem a missa de sétimo dia do motorista de aplicativo Gustavo Xavier que foi morto com um tiro no peito por um policial militar que estava de folga, em Curitiba. Familiares e amigos estiveram presentes na Paróquia Senhor bom Jesus do bairro Portão para prestar as últimas homenagens.
Nesta quinta-feira (24) a família foi chamada para ser ouvida na delegacia. A esposa do motorista, Jéssica Prado, foi a primeira ser ouvida.
Gustavo de 29 anos se envolveu em uma discussão no trânsito com um policial militar, que depois o abordou em uma via e disparou um tiro contra o peito da vítima. A família alega que o motorista saiu para comprar um lanche para ele e a filha de 3 anos.
O policial foi ouvido e alegou legítima defesa e disse que estava sendo perseguido por Gustavo. Essa versão de perseguição e legítima defesa é contestada pela família.
Duas testemunhas devem ser ouvidas na próxima semana. Elas presenciaram o momento dessa abordagem e alegam que o motorista saiu do carro e não aparentava nenhum tipo de ameaça ao policial. Uma das testemunhas relatou que o policial após disparar contra a vítima, teria ligado para outros policiais que logo chegaram ao local, em vez de ligar para uma ambulância.
A mãe do motorista, Neuvane Silva, acredita que houve omissão de socorro, e disse que o filho morreu no local e não no hospital como foi relatado.
O advogado Igor Ogar, que defende a família, disse que deve ser apurada uma situação de crime processual, porque o carro e o celular do motorista foram apreendidos no dia da confusão.
Imagens de populares e de câmeras de segurança, serão analisadas pela polícia para desvendar a dinâmica dos fatos.
Reportagem: Juliano Couto