A Igreja Católica se prepara para iniciar o processo de escolha do novo papa a partir do dia 7 de maio. Entre os nomes cotados para suceder o papa Francisco está o cardeal húngaro Péter Erdő, uma figura de destaque na hierarquia eclesiástica.
Aos 72 anos, Erdő é um dos mais antigos cardeais em atividade no Vaticano e atual arcebispo de Budapeste. Conhecido como o “Doutor de Budapeste”, ele possui uma formação intelectual robusta, com doutorados em teologia e direito canônico.
Perfil e influência na Igreja
Péter Erdő tem prestígio dentro da Igreja Católica, tendo atuado como relator do Sínodo dos Bispos da Família em 2014 e comandado a Assembleia Geral dos Bispos no mesmo ano.
Sua capacidade de articulação interna e diplomacia são consideradas pontos fortes em sua possível candidatura.
Embora seja visto como conservador, Erdő é conhecido por seu perfil moderado. Ele já apresentou questionamentos discretos sobre algumas decisões do papa Francisco, mas sem demonstrar oposição direta ou desrespeito.
Desafios e expectativas
A possível eleição de Erdő como papa enfrenta algumas ressalvas. Cardeais mais progressistas expressam preocupação quanto à continuidade das reformas iniciadas por Francisco.
Por outro lado, os conservadores questionam quais mudanças Erdő poderia promover caso assumisse o comando da Igreja.
Analistas comparam o perfil de Erdő ao do papa Bento XVI, especialmente no que diz respeito à sua formação intelectual.
Além disso, sua posição estratégica na Hungria, país que faz a conexão entre a Europa Ocidental e Oriental, é vista como um fator relevante.
O cardeal húngaro defende a importância do testemunho de fé e amor em um mundo marcado pela miséria crescente.
Em suas palavras: “Temos que dar testemunhas da generosidade, que é difícil, mas um pouco de energia, um pouco de recursos humanos, todos têm”.
A escolha do novo papa será realizada no Vaticano, na Capela Sistina, com a participação dos cardeais eleitores. O processo, conhecido como conclave, é cercado de tradição e sigilo, e seu resultado terá impacto significativo no futuro da Igreja Católica e sua influência global.
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1 de 6Michelangelo, afresco do Juízo Final da Capela Sistina, após a restauração, Cidade do Vaticano, Roma • VCG Wilson/Corbis via Getty Images
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2 de 6CIDADE DO VATICANO – 18 DE ABRIL: Cardeais da Igreja Católica participam do conclave eleitoral na Capela Sistina, em 18 de abril de 2005, no Vaticano, Cidade do Vaticano. Os 115 cardeais elegerão o sucessor do Papa João Paulo II durante o Conclave na Capela, momento em que a fumaça branca simbólica que sai da chaminé anunciará ao mundo que eles chegaram a uma decisão. • Arturo Mari – Vatican Pool/ Getty Images
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3 de 6A Criação de Adão do teto da Capela Sistina por Michelangelo Buonarroti (italiano, 1475-1564) • GraphicaArtis/Getty Images
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4 de 6Fumaça branca é vista do teto da Capela Sistina, indicando que o Colégio dos Cardeais elegeu um novo Papa em 13 de março de 2013 na Cidade do Vaticano, Vaticano • Peter Macdiarmid/Getty Images
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5 de 6CIDADE DO VATICANO, VATICANO – 9 DE JANEIRO: O Papa Francisco (C) posa com embaixadores credenciados junto à Santa Sé na Capela Sistina, em 9 de janeiro de 2020, na Cidade do Vaticano. Em seu discurso anual aos membros do corpo diplomático no início do novo ano, o Papa Francisco afirma que o aumento das tensões entre o Irã e os Estados Unidos “corre o risco de… comprometer o processo gradual de reconstrução no Iraque, além de preparar o terreno para um conflito mais amplo” • Vatican Pool/Getty Images
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6 de 6A procissão do Sagrado Colégio dos Cardeais segue para a Capela Sistina, onde serão trancados para dar início ao conclave para eleger o sucessor do Papa João Paulo I • Getty images
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Este conteúdo foi originalmente publicado em Quem é Péter Erdő, cardeal húngaro e conservador cotado para ser papa no site CNN Brasil.