Índia x Paquistão: autoridades mundiais reagem à escalada do conflito

O aumento da tensão entre Índia e Paquistão nesta quarta-feira (7) levou a manifestações de líderes de outras nações ao redor do mundo.

O ataque da Índia ao Paquistão e à Caxemira paquistanesa na terça-feira (6) provocou reação de Islamabad. De acordo com o governo indiano, a investida se deu devido a um massacre em abril que deixou 26 mortos — a maioria turistas indianos.

Respostas das autoridades sobre os ataques:

Estados Unidos: O presidente Donald Trump chamou a operação militar da Índia contra o Paquistão de “uma vergonha”.

O secretário de Estado americano, Marco Rubio, conversou com os conselheiros de segurança nacional da Índia e do Paquistão e pediu “a ambos que mantenham as linhas de comunicação abertas e evitem uma escalada”.

Emirados Árabes Unidos: Os Emirados Árabes Unidos pediram à Índia e ao Paquistão “que exerçam moderação, reduzam as tensões e evitem uma nova escalada que possa ameaçar a paz regional e internacional”.

Nações Unidas: O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou “profunda preocupação com as operações militares indianas na Linha de Controle e na fronteira internacional com o Paquistão”.

Japão: Yoshimasa Hayashi, secretário-chefe de gabinete japonês, falou que Tóquio estava “profundamente preocupada que este incidente pudesse incitar retaliações e se transformar em um conflito militar em larga escala” e instou a Índia e o Paquistão “a exercerem moderação e estabilizarem a situação por meio do diálogo”.

China: O país lamentou a ação militar da Índia contra o Paquistão e afirmou estar preocupada com os atuais acontecimentos.

“Índia e Paquistão são vizinhos inabaláveis, e ambos também são vizinhos da China”, afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China em um comunicado nesta quarta-feira (7).

A China tem buscado melhorar as relações com a Índia como parte de um esforço diplomático mais amplo para conter a pressão do governo Trump.

O Paquistão, por sua vez, é um dos parceiros mais próximos da China e um dos principais apoiadores de sua Iniciativa Cinturão e Rota.

Rússia: O Ministério das Relações Exteriores afirmou estar profundamente preocupado com o crescente confronto militar entre a Índia e o Paquistão e pediu moderação aos dois países, informou a agência estatal russa TASS.

O Kremlin mantém relações estreitas com a Índia e o Paquistão, mas historicamente tem sido próximo de Nova Déli, desde a era soviética.

A Rússia também é um dos principais fornecedores de armas da Índia.

Turquia: O Ministério das Relações Exteriores disse estar acompanhando os acontecimentos “com preocupação”, alertando que os ataques noturnos da Índia “aumentam o risco de uma guerra total”.

“Condenamos tais medidas provocativas, bem como os ataques contra civis e infraestrutura civil.” O Ministério acrescentou os apelos ao Paquistão por uma investigação sobre o ataque terrorista de 22 de abril, que culminou a investida recente da Índia.

Início do conflito

A Índia lançou a “Operação Sindoor” nas primeiras horas da manhã de quarta-feira. Autoridades indianas disseram que nove locais foram alvos, mas não deram informações se alguma instalação civil, econômica ou militar paquistanesa tenha sido atingida.

Segundo o governo indiano, a operação de 25 minutos teve como alvo “infraestrutura terrorista” pertencente a dois grupos militantes – Lashkar-e-Tayyiba e Jaish-e-Mohammed.

O nome “Sindoor” parece ser uma referência a um pó que muitas mulheres hindus usam na testa após o casamento. O massacre de turistas em abril – que teve homens como vítimas – deixou várias indianas viúvas.

Por sua vez, o Paquistão diz que civis foram mortos e mesquitas foram atingidas na Operação Sindoor. A CNN ainda não verificou essas alegações.

Um porta-voz militar paquistanês disse que seis locais foram atingidos com 24 ataques, sendo que alguns atingiram a densamente povoada província de Punjab, segundo o exército paquistanês.

Segundo Islamabad, foram os ataques mais intensos que a Índia já fez no Paquistão desde 1971, quando os dois países travaram uma de suas quatro guerras.

Em resposta aos ataques, fontes de segurança paquistanesas afirmaram ter conseguido abater cinco jatos da Força Aérea Indiana e um drone durante a investida da Índia.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Índia x Paquistão: autoridades mundiais reagem à escalada do conflito no site CNN Brasil.

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