
O Dia das Mães em 2025 é comemorado no mesmo Dia Nacional do Reggae e na casa da Daiane Magalhães a festa vai ser em dobro pois, segundo ela, o ritmo musical é a paixão da família. Mães do Reggae: mulheres unidas pelo ritmo musical abrem bar temático no Piauí
Em 2025, o Dia das Mães e o dia do Reggae acontecem na mesma data, neste domingo (11). Para celebrar as festividades o g1 conta a historia de três mães, de uma mesma família, de duas gerações difeRentes, que têm um bar no Parque Ideal, região do Grande Dirceu, em Teresina.
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Diana Magalhães, empresária e dona do bar, tem duas filhas e uma delas é a Amanda Magalhães (mãe há 7 meses). Patrícia Oliveira, mãe de três mulheres, é cunhada de Diana. Segundo elas, o bar nasceu há 8 anos, quando a família, que sempre se reunia com amigos para ouvir reggae, percebeu que o espaço (casa da Patrícia) estava pequeno para os momentos de lazer com música.
Mães do Reggae: mulheres unidas pelo ritmo musical abrem bar temático no Piauí; ‘a família só cresce’
Zulmira Ximenes / g1
“Sempre que a gente se reunia no dia das mães, começava com um almoço, cada um na casa de suas mães e depois ia todo mundo lá pra casa, ouvir música, mas principalmente reggae, que é do coração. A galera, além dos parentes de sangue, são amigos da adolescência que se conheceram há mais de 25 anos. Hoje em dia a família só cresce, porque os amigos tiveram filhos, e os nossos filhos são todos amigos, e os amigos e familiares são clientes fiéis do bar”, afirmou Patrícia.
O bar é um empreendimento dos pais da Amanda. Diana contou que eles tinham uma gráfica onde alguns clientes pediam o serviço de transferência de arquivos de mídia para pendrives, geralmente músicas de reggae, pois o pai da Amanda coleciona discos de vinis desse estilo musical.
Anos depois, a gráfica se transformou no bar de reggae, por iniciativa da família e amigos.
O início de tudo
Integrantes do grupo Amantes do Reggae em 2014 no bairro Dirceu, em Teresina
Patrícia Oliveira / Arquivo Pessoal
Patrícia, que é professora e boleira, contou ao g1 que tudo começou na década de 1990 quando ela e alguns amigos, incluindo sua futura cunhada e futuro marido, criaram um grupo de dança de reggae no bairro Dirceu.
Anos depois, o grupo de desfez. Mas os amigos continuaram se reunindo, agora com seus filhos e famílias, geralmente na casa da Patrícia. Foi só por volta de 2014 que os integrantes formaram um novo grupo: Amantes do Reggae. Eles marcavam eventos em locais privados e faziam festas temáticas.
“Puxando pro movimento reggae, aqui no Dirceu, nessa época, estava rolando o movimento remix. Mas a gente não curtia. Nosso reggae é o roots, é vinil. Aí a gente resolveu se reunir e um colega nosso alugou um bar aqui perto. E aí fazíamos os encontros assim, em locais privados, o importante era não deixar a música parar. E aí o movimento foi crescendo e depois veio o bar”, disse Patrícia.
Empreendedorismo
Reuniões antes (a esquerda) e depois (a direita) do Dub Bar, no Grande Dirceu em Teresina
Diana Magalhães / Arquivo Pessoal
Quando Diana e o marido tinham a gráfica, as pessoas iam para o estabelecimento pedir transferências de músicas de reggae e ficavam lá ouvindo o som. Alguns levavam até bebidas alcoólicas. O desejo do público, segundo Diana, era que o casal abrisse um bar que tocasse reggae.
Conforme Amanda, assim uniu o útil ao agradável: um espaço para os clientes ouvirem o reggae colecionado pelo seu pai; e um local para reunir a família inteira e os amigos para curtir o estilo musical.
“O intuito do empreendimento não era ser um bar de reggae, ele se tornou um bar de reggae por conta da necessidade. Precisávamos de um local seguro para escutar reggae roots e reunir a família e os amigos. Infelizmente, esse estilo musical é muito marginalizado e o bar existe pra ser um espaço acolhedor para os amantes de reggae”, explicou Amanda.
Atualmente o Dub Bar é uma microempresa (ME) familiar, regulamentada e regularizada para poder funcionar legalmente. Amanda contou que além do impacto cultural, os vizinhos e a rua onde fica o estabelecimento foram beneficiados economicamente.
Em dias de baile, festa tradicional de reggae, vizinhos do bar vendem, na porta de suas casas, lanches e aperitivos para aproveitar a movimentação de pessoas. Além disso, o fluxo de veículos diminui, reduzindo acidentes, já que no lugar, segundo Amanda, acontece muitas colisões.
Segundo as mães dessa reportagem, o Dia das Mães esse ano vai ser da forma que elas mais gostam: com muito reggae.
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