Suspeita de falsificar comprovantes de PIX revendia itens comprados e pretendia juntar R$ 37 mil para viagem ao Chile


Segundo a Polícia Civil, há indícios que os golpes tenham sido aplicados em vários bairros de Juiz de Fora, na região e até mesmo em outros estados. Ela foi presa por organização criminosa, lavagem de capitais e receptação e também será indiciada por estelionato em série. Supostos golpes pelo falso PIX eram anotados pela suspeita, que pretendia usar valores da revenda dos itens para o Chile
Maria Elisa Diniz/TV Integração
A mulher de 27 anos, presa em flagrante em Juiz de Fora por suspeita de fraudar comprovantes de PIX na compra de produtos pela internet, pretendia usar o dinheiro dos golpes que aplicava para fazer uma viagem ao Chile. O nome dela não foi informado.
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Segundo a Polícia Civil, ela revendia os itens que não pagava e anotava os valores em um bloco. A anotação mostra que ela tinha como meta arrecadar R$ 37 mil até setembro, valor que seria usado para a viagem internacional.
A suspeita foi presa no apartamento dela, no Bairro Santa Terezinha, na quarta-feira (14). No imóvel foram apreendidos itens como videogames, fones de ouvido, HDs externos, notebooks e computadores. Juntos, os produtos somam aproximadamente R$ 30 mil.
Ainda conforme a polícia, a mulher mantinha uma rotina de ostentação nas redes sociais, com viagens e passeios, demonstrando um padrão de vida incompatível com ocupação lícita conhecida.
Ela foi presa pelos crimes de organização criminosa, lavagem de capitais e receptação e também será indiciada por estelionato em série.
Há indícios de que os golpes tenham sido aplicados em vários bairros da cidade, na região e até mesmo em outros estados, segundo a polícia. As investigações também apuram as vendas que ela fazia para terceiros, que poderão ser responsabilizados criminalmente.
Como o golpe era cometido
Conforme a 7ª Delegacia de Polícia Civil em Juiz de Fora, a mulher enviava comprovantes falsos de pagamento via PIX e de e-mails falsos de plataformas de venda on-line confirmando as transações. Com isso, as vítimas entregavam os itens, acreditando terem recebido os valores.
Em seguida, a suspeita bloqueava o contato dos vendedores no aplicativo de mensagens. Ela também usava a foto de outra pessoa no perfil e não comparecia pessoalmente para buscar os produtos.
Materiais comprados com falso PIX foram apreendidos no apartamento da suspeita, em Juiz de Fora
Polícia Civil/Divulgação
“Ela contratava motoboys por aplicativo e combinava a entrega dos itens em vias próximas a sua residência, dificultando a localização do endereço exato”, contou o delegado Samuel Neri, responsável pelas investigações.
Até o momento, duas vítimas foram formalmente identificadas, mas o delegado acredita que o número seja ainda maior. Ele orienta que comerciantes procurem a Polícia Civil para registro da ocorrência.
As apurações também visam identificar proprietários dos itens apreendidos, bem como possíveis receptadores. Todos os envolvidos serão intimados para prestar esclarecimentos e, caso fique constatado que agiram com dolo ou negligência, poderão responder por receptação, conforme o delegado.
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