Uma decisão judicial cumprida nesta quarta-feira (21) concedeu prisão domiciliar ao homem suspeito de ser o mandante de um atentado em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, que destruiu um escritório de advocacia.
O advogado de defesa, Caio Percival, disse que há fragilidades nas acusações e a ausência de elementos concretos que pudessem sustentar a manutenção da prisão preventiva. A defesa aponta irregularidades na condução da investigação.
O atentado aconteceu na madrugada do dia 18 de abril, quando um escritório de advocacia localizado em Pinhais, foi completamente destruído por um incêndio que segundo a investigação, seria um ato criminoso. A Polícia Civil efetuou a prisão do suspeito no dia 4 de maio, alegando que o crime teria sido motivado por uma represália ao exercício da profissão de uma advogada do escritório.
A Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná acompanha o caso desde o início, por meio das Comissões de Defesa e Segurança da Advocacia, de Defesa das Prerrogativas Profissionais e das Mulheres Advogadas. A defesa do escritório em Pinhais deve recorrer da decisão.
O suspeito foi identificado na época do atentado por meio de imagens do sistema de monitoramento do local e, durante as diligências, confessou ter conduzido o veículo utilizado na fuga. Outros cinco suspeitos foram alvos de mandados de busca e apreensão. Entre os materiais recolhidos pela perícia estão celulares, notebooks e armas de fogo.
Por meio do núcleo de Inteligência da comissão, a OAB Paraná realizou inspeções no local, com coleta de imagens e contatos diretos com moradores e estabelecimentos da região. As informações e materiais reunidos foram entregues à Polícia Judiciária garantindo a segurança das fontes.
Reportagem: Juliano Couto
