Chefe da Saúde dos EUA se reúne com Milei em meio a revisões sobre vacinas

O Secretário de Saúde dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr., se encontrou com o presidente da Argentina, Javier Milei, na Casa Rosada, sede do governo do país sul-americano, nesta terça-feira (27).

A reunião consolida uma nova parceria em saúde entre os dois governos em meio a demonstrações simbólicas de alinhamento de ideologias.

Durante o encontro, que durou uma hora, Kennedy e Milei foram fotografados com uma motosserra estampada com “Las Fuerzas del Cielo” (As Forças do Céu). Outra foto mostra o americano exibindo um boné com a frase “Não se meta comigo” em espanhol.

As conversas também contaram com a presença do Ministro da Saúde argentino, Mario Lugones, da Encarregada de Negócios dos EUA, Abigail Dressel, e das assessoras seniores de Kennedy, Stefanie Nicole Spear e Hannah Ingrid Anderson.

Fontes oficiais indicaram que a reunião teve como objetivo fortalecer o alinhamento entre os dois governos em questões de saúde, tanto bilateral quanto globalmente.

Revisões sobre vacinas nos EUA e Argentina

Kennedy anunciou nesta terça que a vacina contra a Covid-19 não estará mais entre aquelas recomendadas para gestantes e crianças saudáveis ​​no calendário de imunização dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.

“A partir de hoje, a vacina contra a Covid para crianças saudáveis ​​e gestantes saudáveis ​​foi removida do calendário de imunização recomendado pelo CDC”, afirmou Kennedy.

“No ano passado, o governo Biden incentivou crianças saudáveis ​​a tomarem mais uma dose da vacina contra a Covid-19, apesar da falta de dados clínicos que respaldem a estratégia de reforço em crianças”, alegou.

Do lado argentino, o ministro da Saúde, Mario Lugones, anunciou na segunda-feira (26), que aprofundará uma “revisão estrutural das entidades do sistema nacional de saúde” e dos processos de fabricação, aprovação e supervisão de vacinas.

Uma das ações que serão incentivadas pelo governo argentino será que as vacinas passem por ensaios clínicos com um grupo placebo como padrão mínimo, “conforme exigido para outros produtos médicos”.

“Um exemplo claro dessa necessidade é a vacina contra a Covid-19, administrada sem grupo de controle e sob condições excepcionais de aprovação”, destacou o anúncio.

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