Farmacêutica condenada a indenizar ex-funcionária deixou ela no banheiro por sete anos, diz advogada


Segundo advogada, trabalhadora passava os dias em um banco de zinco. Farmacêutica foi condenada em segunda instância, mas pode recorrer da decisão. Farmacêutica é condenada a indenizar ex-funcionária que trabalhava dentro de banheiro e era alvo de piadas em Anápolis, Goiás
Reprodução/TV Anhanguera
A farmacêutica condenada a indenizar uma ex-funcionária deixou ela no banheiro por sete anos, de acordo com a advogada dela, Dayanne Teles. A defesa disse que a funcionária passava os dias sentada em um banco de zinco, de 2016 até 2023. O Tribunal Regional do Trabalho decidiu pela condenação, mas a empresa pode recorrer da decisão no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
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O g1 tentou contato com a farmacêutica e com a advogada de defesa da empresa, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
Segundo Dayanne, a situação de saúde da funcionária se agravou durante esses anos.
“Ela trabalhava mo primeiro turno da empresa, de segunda a sábado, com folga aos domingos, das 6h às 14h. Ela tinha que sentar no banco duro que ficava encostado na parede do banheiro,” disse a advogada.
A indenização determinada em segunda instância pelo TRT ficou no valor provisório de R$ 65 mil devido às custas do processo. A advogada Dayanne Teles explicou que o valor total só será definido ao fim do processo, quando a Contadoria Jurídica definir a quantia. Inicialmente, Dayanne pediu quase R$ 800 mil de indenização.
Ela cita ainda que, no pedido, há o valor da indenização por danos morais, rescisão, 13º salário, férias, seguro-desemprego, FGTS e ainda a estabilidade de emprego de 12 salários.
A advogada contou que a funcionária ficou por 11 anos na empresa. Após os primeiros cinco anos de trabalho, ela precisou fazer uma cirurgia, disse Dayanne. Segundo consta no documento da decisão, a funcionária teve problemas de saúde devido à ocupação que ela exercia, que exigia esforço repetitivo.
“Nós pedimos uma pensão vitalícia por ela ficar incapaz por conta de diversas doenças ocupacionais: tendinite, bursite, síndrome do carpo, problema na coluna por conta das funções que eram repetitivas e postura inadequada”, esclareceu a advogada.
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A advogada protocolou o pedido de rescisão indireta em março de 2023. A funcionária ficou afastada do trabalho até outubro de 2024. Segundo Dayanne, a funcionária hoje está desempregada e sem condições de trabalhar.
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A advogada explicou ao g1 que a rescisão indireta é a aplicação de uma justa causa contra a empresa pela Justiça.
“Ela encerrou o contrato dela via uma rescisão indireta, que a pessoa tem que entrar com o processo e apontar as faltas graves da empresa, e o juiz decreta a rescisão do contrato que é reconhecido via judicial”, esclareceu.
Farmacêutica é condenada a indenizar ex-funcionária que trabalhava dentro de banheiro
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