Fazenda deve detalhar plano alternativo ao IOF após reunião com Lula

A equipe econômica deve detalhar o pacote de medidas alternativas ao decreto que aumenta o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) somente após o retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Brasil. O chefe do Executivo está na França, onde realiza visita oficial.

Lula desembarca em Brasília na noite desta segunda-feira (9). A expectativa é de que as medidas acordadas entre a equipe econômica e o Congresso Nacional na noite do último domingo (8) sejam apresentadas ao presidente na próxima terça-feira (10).

Entre as medidas acordadas com os parlamentares, estão a recalibragem do decreto do IOF, uma medida provisória com compensações de arrecadação, uma PEC para revisão de benefícios tributários e o compromisso com o controle e revisão de gastos primários.

Haddad apresentou, aos líderes, como será essa recalibragem. Veja a proposta:

  • Redução do IOF Crédito para empresas;
  • Redução de 80% na operação de risco sacado;
  • Redução de IOF no Seguro de vida com prêmio por sobrevivência (VGBL);
  • Cobrança de alíquota mínima sobre Fundos de Investimento em Direito Creditório (FDIC);
  • Isenção de IOF no retorno de investimentos estrangeiros diretos no país (a exemplo do que ocorre com investimentos financeiros e no mercado de capitais).

Também veja abaixo as novas alíquotas do que já foi anunciado:

Taxação das bets

Haddad confirmou a alta na taxação das bets para suprir parte do que será revisto com o recuo do IOF. Sendo assim, a cobrança às empresas de apostas esportivas passará de 12% para 18%.

LCI e LCA

Outro meio de arrecadação palpável encontrado pelo governo foi dar fim à isenção dos rendimentos de títulos de renda fixa. As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito Agrícola (LCAs) passarão a ter tributação de 5% no Imposto de Renda (IR).

CSLL

O governo também deve, enfim, alterar as alíquotas da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). A ideia é aproximar a carga tributária de fintechs com o que é cobrado dos bancos.

Atualmente, instituições financeiras têm cobranças de 9%, 15% e 20%. Com a mudança, a menor alíquota não deve mais estar em vigor, sendo cobradas apenas as duas maiores.

Isenções fiscais

Por fim, o governo também deve apresentar um projeto de lei complementar para aliviar as contas públicas, prevendo corte de cerca de 10% em isenções fiscais, segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Veja como ficam as compras internacionais com as novas regras do IOF

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