O secretário de segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou em vídeo publicado nesse domingo (7) nas redes sociais que há a possibilidade de uma saída antecipada do governo de São Paulo, mas não há nada definido no momento.
“Primeiro que isso não está definido, segundo que realmente existe possibilidade, mas com a intenção minha realmente de uma saída antecipada. Na verdade, não é saída, é um retorno ao Congresso Nacional.”
O secretário negou que o governador Tarcísio de Freitas esteja descontente com seu trabalho e criticou uma reportagem da Folha de São Paulo que colocava esse como ponto definidor da saída dele do cargo até dezembro.
“Se tem alguém descontente no estado de São Paulo, você pode ter certeza que quem está mais descontente é o crime organizado”, afirmou no vídeo.
O governador de São Paulo comentou a postagem de Derrite. Tarcísio de Freitas escreveu: “Fiquei firme Guilherme Derrite! Seu profissionalismo e liderança têm garantido os melhores indicadores da história em nosso Estado. Minha melhor continência”.
Mais tarde, o Jornal O Globo disse que Guilherme Derrite deve antecipar a saída da secretaria de segurança de SP, como uma estratégia eleitoral para a pré-candidatura ao Senado.
A CNN apurou que Tarcísio e Derrite de fato chegaram a conversar sobre a possibilidade de uma saída antecipada do cargo, possivelmente em dezembro. Mas, segundo fontes próximas a ambos, o martelo não chegou a ser batido.
Uma fonte próxima a Derrite afirmou à CNN que o secretário pode ficar no cargo até abril e que o comentário do Tarcísio na publicação de Derrite desmente a Folha de São Paulo.
Por meio de nota, o governo de São Paulo disse que “não há qualquer previsão de mudança na gestão da Secretaria de Segurança Pública. O prazo de desincompatibilização para secretários de Estado interessados em disputar as eleições de 2026 ocorre apenas em abril do próximo ano”.
Acrescentou ainda que “desde o início da atual gestão, a política de segurança pública no estado tem apresentado resultados concretos, evidenciados pelos indicadores de criminalidade. Índices como homicídio e roubo, por exemplo, apresentam quedas históricas”.
Por fim, disse que “neste quadrimestre, São Paulo tem o menor número de homicídios dolosos da sua história. Já a letalidade envolvendo policiais militares em serviço caiu 26,4% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. O reforço no efetivo, o uso de tecnologia e as estratégias integradas de políticas públicas implantadas pela pasta vem refletindo diretamente nestes resultados”.
