Preso nesta segunda-feira (9), Renato Oliveira Mota, que é apontado como um dos responsáveis pela morte de Rogério Jeremias, o “Gegê do Mangue”, e Fabiano Alves de Sousa, o “Paca”, ambos mortos em uma emboscada, em 2018, estava na difusão vermelha de foragidos internacionais da Interpol.
Agentes do 10º DP capturaram o acusado no condomínio onde ele morava, na zona Leste da capital.
Ele é acusado de envolvimento no duplo homicídio que vitimou Rogério Jeremias de Simone, o “Gegê do Mangue”, e Fabiano Alves de Souza, conhecido como “Paca”, ambos apontados como integrantes da alta cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC). O crime ocorreu em fevereiro de 2018, no Ceará.


Morte dos líderes
Os dois foram assassinados a tiros em uma emboscada em uma reserva indígena no município de Aquiraz.
Segundo o promotor do Ministério Público de São Paulo, que investiga o PCC há 20 anos, Lincoln Gakiya, Gegê e Paca morreram após roubarem a própria facção, em remessas de cocaína que sairiam do porto de Santos, para outros continentes.
André de Oliveira Macedo, o André do Rap, que está foragido, também teria participado do desvio da droga no porto.
Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, era acusado de ter envolvimento no crime, mas em abril do ano passado, a Justiça do Ceará decidiu não o levar à júri popular, sendo inocentado, diante da “ausência de indícios de autoria” dos homicídios.

Na época, o assassinato das lideranças provocou uma crise na facção e desencadeou uma série de ataques violentos.
No ano seguinte, em 2019, por vingança, após o envolvimento na morte dos dois líderes do PCC, Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro, foi assassinado a tiros de fuzil na frente de um hotel no Jardim Anália Franco, na zona Leste de São Paulo.

Entretanto, o processo envolvendo a morte de Gegê e Paca, também envolve dez acusados, com sete deles pronunciados até o momento. Além de Tiago Lourenço, outros réus, como André Luis da Costa Lopes, Erick Machado dos Santos, e Maria Jussara da Conceição Ferreira Santos, também tiveram a pronúncia mantida pela Justiça. No entanto, alguns recorreram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde o caso segue tramitando.
O processo, com mais de 9 mil páginas, tem se arrastado desde 2018, envolvendo diversas decisões e recursos, precisou ser desmembrado para garantir celeridade ao julgamento.
Com os recursos sendo esgotados, a Justiça deve em breve definir as datas para os julgamentos dos réus envolvidos no homicídio de “Gegê do Mangue” e “Paca”.
*Sob supervisão