Tiroteio no Complexo de Israel (RJ) fecha clínicas, escolas e universidades

Uma megaoperação da Polícia Civil contra o tráfico de drogas, realizada na manhã desta terça-feira (10) , paralisou parte da cidade do Rio de Janeiro. A ação, que mira a facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP), liderada por Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, resultou em intensos confrontos armados na região do Complexo de Israel, na zona norte.

As forças de segurança foram recebidas a tiros, o que levou ao fechamento temporário de importantes vias da cidade, como a Avenida Brasil e a Linha Vermelha. Pelo menos 50 linhas de ônibus tiveram seus itinerários alterados. A rede elétrica dos trens foi atingida por disparos de armas de fogo, e o corredor BRT foi interditado no trecho próximo a comunidade. Com a mobilidade afetada e por medidas de segurança, os serviços essenciais foram diretamente afetados.

Um passageiro e um motorista de ônibus da empresa Evanil ficaram feridos durante o tiroteio.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), quatro unidades que atendem à região foram impactadas. Duas clínicas da família e centros municipais de saúde suspenderam completamente suas atividades, enquanto outras duas cancelaram as ações externas, como visitas domiciliares.

A Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que, nas comunidades de Parada de Lucas e Vigário Geral, dez escolas não tiveram aulas. Na Cidade Alta, oito instituições tiveram suas atividades comprometidas. Já nas áreas de Cinco Bocas e Pica-Pau, três unidades também sofreram impactos.

Na rede estadual de ensino, uma escola foi fechada, de acordo com a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) suspendeu todas as atividades presenciais na Cidade Universitária, Praia Vermelha, Centro e Caxias. Provas e avaliações foram canceladas, e a presença de estudantes e servidores técnico-administrativos não será exigida neste dia.

A Unigranrio também emitiu um comunicado avisando sobre o cancelamento das atividades no horário da manhã.

Até o momento, nove pessoas foram presas e três fuzis foram apreendidos. A operação segue em andamento.

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