Criminosos usam anúncios falsos de aluguel, WhatsApp com perfil de PM e justificativa de ‘plantão’ para aplicar golpes em Uberlândia


O Ministério Público de Minas Gerais cumpriu mandado de busca e apreensão contra o grupo em Goiânia nesta sexta-feira (13). Ao todo foram apreendidos dispositivos eletrônicos que serão analisados pericialmente, passo importante para traçar as rotas de comunicação e identificar todos os envolvidos. Mandados de busca e apreensão foi cumpridos nesta sexta-feira (13), em Goiânia
MPMG/Divulgação
Anúncios atrativos, perfil falso em redes sociais com foto de comandante-geral da Polícia Militar (PM) e pagamento antecipado via PIX. Essa era a estratégia usada por uma quadrilha especializada em golpes por meio de anúncios falsos de imóveis para aluguel em Uberlândia.
Nesta sexta-feira (13), durante a Operação Claviger, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber) e de órgãos de Goiás, cumpriu mandado de busca e apreensão contra o grupo em Goiânia.
Ao todo foram apreendidos dispositivos eletrônicos que serão analisados pericialmente, passo importante para traçar as rotas de comunicação e identificar todos os envolvidos. Até o momento, o valor levantado pela quadrilha e o número total de vítimas não foram divulgados .
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Como agiam os golpistas
Segundo o Gaeciber, a quadrilha demonstrava “características típicas de organizações criminosas bem estruturadas”, com divisão de tarefas, uso de tecnologias e atuação interestadual. As vítimas foram identificadas principalmente em Uberlândia, com registros tanto de tentativas quanto de estelionatos consumados.
Para o golpe, o grupo publicava nas principais plataformas digitais ofertas de aluguel com preços muito abaixo do mercado, o que despertava interesse imediato das vítimas. Além disso, para parecerem pessoas legítimas, os criminosos utilizavam um perfil falso com foto do comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais. Essa artimanha visava transparecer segurança e autoridade.
Quando os interessados buscavam visitar o local, os golpistas inventavam que estavam “de plantão” no batalhão. Prometiam entregar as chaves na unidade policial, criando um cenário supostamente oficial e confiável.
Após conquistar a confiança, exigiam o “sinal” via PIX como reserva do imóvel. Assim que a transferência era feita, os golpistas apagavam o anúncio e cortavam contato com a vítima.
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Alerta à sociedade
Desconfiar de preços muito abaixo do mercado;
Exigir visita presencial antes de qualquer pagamento;
Evitar transferências via PIX sem confirmação da identidade real;
Verificar imagens com possíveis autoridades em canais oficiais;
Conferir documentos originais e registros do imóvel nos órgãos competentes.
Material apreendido durante operação
MPMG/Divulgação
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