‘Uma dor enorme no peito’, lamenta amigo de morador de Uberlândia morto em queda de avião no interior de SP


Alípio Camilo dos Santos Neto, de 36 anos, estava a trabalho e voltava para casa quando o acidente aconteceu. O avião com 58 passageiros e quatro tripulantes saiu de Cascavel (PR) e seguia para Guarulhos (SP); ninguém sobreviveu. Da esquerda para direita Jhonatas, Alessandro e Alípio
Reprodução/Arquivo pessoal
“Uma dor enorme no peito”, lamentou Jhonatas Silva, de 41 anos, amigo de Alípio Camilo dos Santos Neto, o “Bolinha”, que está entre as 62 vítimas do avião que caiu em Vinhedo (SP), no início da tarde de sexta-feira (9). Ninguém sobreviveu.
O avião com 58 passageiros e quatro tripulantes saiu de Cascavel (PR) e seguia para Guarulhos (SP). Alípio trabalhava há 16 anos em uma empresa de processamento de proteína animal e estava em Cascavel a trabalho. Ele retornava para Uberlândia, onde mora, quando o acidente aconteceu.
“Somos amigos há 18 anos, crescemos juntos, fomos estudar em Uberlândia. Ele era muito bom, nunca alterava a voz e estava sempre disponível. Muito triste saber que sua vida terminou assim”, desabafou Jhonatas.
Em nota a BRF, empresa em que o passageiro trabalhava, lamentou o seu falecimento. Leia abaixo.
“A BRF lamenta profundamente o ocorrido e informa que está prestando total apoio à família do colaborador.”
🔔 Receba no WhatsApp as notícias do Triângulo e região
Nas redes sociais, amigos e familiares também lamentaram a morte de Bolinha.
“Era um menino humilde, brincalhão, de família trabalhadora, corinthiano. Foi estudar em Uberlândia e estava bem profissionalmente. Uma perda lamentável. Triste para quem o conhecia. Fico estarrecido pela Maria, mãe dele”, contou ao g1 Alex Basílio, um dos amigos de Alípio.
Veja lista de quem estava no avião que saiu de Cascavel e caiu em Vinhedo
Queda de avião com 62 mortos em Vinhedo: o que se sabe e o que falta saber sobre a maior tragédia aérea desde 2007
Cronologia
A aeronave voou por 1 hora e 35 minutos sem qualquer registro de ocorrências, até fazer uma curva brusca, despencar 4 mil metros em aproximadamente 1 minuto e sumir do radar, após explodir no terreno de uma casa em um condomínio residencial.
Ainda não se sabe o que causou o acidente, mas a queda em espiral sugere a ocorrência de um estol — que acontece quando a aeronave perde a sustentação que lhe permite voar —, segundo especialistas.
Veja, abaixo, da decolagem à queda, a cronologia do acidente:
A aeronave decolou às 11h46 e o voo seguiu tranquilo até 12h20.
Após 24 minutos, subiu até atingir 5 mil metros de altitude às 12h23, e seguiu nessa altura até as 13h21, quando começou a perder altitude.
Nesse momento, a aeronave fez uma curva brusca.
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), a partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo, bem como não declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas.
Às 13h22 – um minuto depois do horário do último registro – a altitude estava em 1.250 metros, uma queda de aproximadamente 4 mil metros.
A velocidade dessa queda foi de 440 km/h.
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) informou que o ‘Salvaero’ foi acionado às 13h26 e encontrou a aeronave acidentada dentro de um condomínio.
Como era o avião que caiu em Vinhedo
Arte g1
📲 Siga as redes sociais do g1 Triângulo: Instagram, Facebook e Twitter
📲 Receba no WhatsApp as notícias do g1 Triângulo
VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas
A
Adicionar aos favoritos o Link permanente.