Outdoor em homenagem à campeã olímpica é instalado com sobrenome errado no litoral de SP; veja


Beatriz Souza foi citada como ‘Beatriz Silva’ em painel de homenagem em Peruíbe (SP), cidade onde foi criada. A campeã olímpica de judô Beatriz Souza foi citada como ‘Beatriz Silva’ em um outdoor instalado em Peruíbe
Reprodução/Redes sociais e Divulgação
A campeã olímpica de judô Beatriz Souza foi citada como ‘Beatriz Silva’ em um outdoor instalado em homenagem à ela em Peruíbe (SP), no litoral de São Paulo, cidade onde foi criada. O erro do sobrenome chamou atenção de moradores, mas logo foi consertado (veja acima).
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A judoca foi a primeira brasileira a conquistar uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris. Ela subiu no lugar mais alto do pódio após derrotar a israelense Raz Hershko na decisão da categoria acima de 78 kg em 2 de agosto. Além do ouro, a judoca ganhou uma medalha de bronze no judô por equipes.
Para homenagear as conquistas da atleta, um outdoor com a imagem dela e os dizeres “Peruíbe tem muito orgulho de você” foi instalado na Avenida João Abel, no portal de entrada de Peruíbe. No entanto, a homenagem não gerou a repercussão esperada, pois o sobrenome da judoca foi escrito errado.
Conforme apurado pelo g1, o painel foi contratado pela Associação Budokan, onde Bia começou no judô. Em nota, a Prefeitura de Peruíbe informou que não foi a contratante do material, mas atendeu a um pedido para ceder o espaço do portal da entrada da cidade para a homenagem.
“A associação que teve a iniciativa, contratou uma empresa de comunicação visual que cometeu o erro e o consertou logo em seguida, quando o erro foi identificado no momento da instalação”, disse a administração municipal, em nota.
Judoca Beatriz Souza recebeu carinho dos moradores de Peruíbe, onde foi criada
Diego Bertozzi/TV Tribuna
A atleta chegou a Peruíbe no sábado (10), quando foi recebida com uma festa e o outdoor já estava corrigido. Em nota, a assessoria de Beatriz informou que a judoca desconhece informações sobre o erro, pois o nome estava correto na chegada dela. “Assim apenas manifesta que ficou imensamente feliz e agradecida pela recepção que teve”.
Procurada pelo g1, a Associação Budokan disse que não se manifestará sobre o caso.
Festa em Peruíbe
Beatriz Souza exibiu as medalhas conquistadas nas Olímpiadas de Paris pelas ruas de Peruíbe
Diego Bertozzi/TV Tribuna
A atleta chegou a Peruíbe na manhã deste sábado (9) e foi recepcionada pelos moradores, que gritavam pelo seu nome. Bia tirou foto com algumas pessoas, recebeu desenhos, cartas de fãs e subiu no carro do Corpo de Bombeiros para um desfile com as medalhas pelas ruas da cidade. Ela estava acompanhada do marido Daniel Souza.
O destino do comboio foi a festa de boas-vindas na Praça Matriz, com direito a apresentação da Banda Municipal da cidade. Depois, a atleta passou pela escola Maria Amélia Ribas Campilongo, onde ela foi recepcionada por professores, alunos e ex-alunos da instituição em que começou a praticar judô, a Associação Budokan.
A medalhista olímpica também recebeu homenagens da instituição e da Prefeitura de Peruíbe, que, em nota, descreveu o momento como “histórico para a cidade”.
Campeã olímpica Beatriz Souza é recebida por moradores de Peruíbe
Quem é
Bia nasceu em um hospital de Itariri (SP), mas foi criada em Peruíbe, cidade onde realizou os primeiros treinos ainda com sete anos. A principal influência para o ingresso de Bia no esporte foi o pai, judoca aposentado que teve a ideia de levá-la para assistir um treino. Ela foi a única de três irmãs a seguir os passos dele.
Beatriz Souza foi criada em Peruíbe, no litoral de São Paulo
Alexandre Loureiro/COB
Aos 15 anos, Beatriz mudou-se para São Paulo para se dedicar ao esporte em que acumulou títulos e reconhecimento. Em 2023, Beatriz foi eleita a melhor judoca do ano pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) e, em abril deste ano, chegou na primeira lista de pré-convocados do judô para as Olimpíadas de Paris.
A atleta, porém, teve que lidar com um momento difícil um pouco antes dos Jogos Olímpicos: a morte da avó, no dia 22 de junho. Segundo a mãe dela, Solange Rodrigues, a filha continuou firme na meta de participar dos jogos mesmo com perda.
Conquistas
A atleta se mudou para a capital paulista após ser chamada para integrar a equipe do Palmeiras para a temporada de 2013. No fim do mesmo ano, ela foi chamada para o Esporte Clube Pinheiros. Beatriz passou nos testes e, desde então, representa o clube.
Em campeonatos mundiais, Beatriz tem duas medalhas de prata, sendo uma em Budapeste, em 2017, no torneio por equipes mistas, e em Tashkent, em 2022, no torneio individual. Além disso, tem quatro medalhas de bronze: Tóquio (2019), Budapeste (2021) no torneio por equipes mistas, Budapeste (2021) e Doha (2023) no torneio individual.
Nos Jogos Pan-Americanos, ela conquistou uma prata em Santiago (2023), no torneio por equipes mistas, e duas medalhas de bronze, em Lima (2019) e Santiago (2023), no torneio individual.
Beatriz Souza conquista o primeiro ouro do Brasil nas olimpíadas de Paris
Ouro
Na semifinal da categoria acima de 78 kg em Paris, Beatriz encarou a francesa, número 1 do mundo, com casa cheia. Ela dominou a luta, imobilizou Romane Dicko e foi para decisão contra a israelense Raz Hershko. O ouro veio com waza-ari e o controle da luta até o fim.
Após a conquista da medalha de ouro, Beatriz Souza chorou ao falar com a família (veja abaixo).
‘É uma das melhores coisas do mundo’, diz Beatriz Souza após conquistar o ouro nas Olimpíadas de Paris
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