Iniciativa ajuda empresas a contratar mais jovens aprendizes

Coalizão Aprendiz Legal é uma iniciativa da Fundação Roberto Marinho em parceria com o Unicef e o Ministério do Trabalho. Coalizão Aprendiz Legal amplia a formação de jovens aprendizes
Uma parceria lançada nesta segunda-feira (12) vai ajudar empresas a contratar mais jovens aprendizes.
Hoje em dia, ela tem carteira assinada e benefícios, sem contar a possibilidade de crescer na empresa. A analista júnior Letícia Nunes está muito feliz nesse emprego.
“É uma fase de mudança bem radical na vida profissional e pessoal também”, diz.
Mulher, negra, pobre, moradora de favela, com zero experiência profissional. Diante de tantas portas fechadas, ela descobriu uma fresta: o programa Aprendiz Legal, que capacita jovens para chegar ao mercado de trabalho.
“Eu fui chamada para trabalhar em uma empresa de seguro de vida como jovem aprendiz”, conta Letícia.
Segundo o Ministério do Trabalho, o período registrado até junho foi um dos melhores em relação à quantidade de aprendizes no mercado de trabalho. A questão é que poderia ter muito mais gente nessa conta. Se as vagas previstas pela Lei da Aprendizagem estivessem preenchidas, o Brasil deveria ter hoje entre 1 milhão e 3 milhões de aprendizes.
Para ajudar na formação desses novos aprendizes, a Fundação Roberto Marinho lançou nesta segunda-feira (12), em parceria com o Unicef e o Ministério do Trabalho, a coalizão Aprendiz Legal. A fundação vai colocar à disposição de entidades educadoras do Brasil inteiro um acervo pedagógico construído ao longo das últimas duas décadas.
“São roteiros de aula que formam cursos de formação profissional, programas de formação dos educadores que todos os dias estão com esses jovens em sala de aula. Estamos formando uma grande rede de organizações em defesa de uma política pública fundamental para o Brasil que é a aprendizagem profissional, inclusão produtiva das juventudes no mercado de trabalho”, diz João Alegria, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho.
Semana passada, a Letícia foi promovida e agora é uma analista de seguros. Também está fazendo faculdade, estudando biomedicina. De uns tempos para cá, ela aprendeu como é bom ser aprendiz.
“Eu comecei a ter uns objetivos maiores daquilo que eu tinha. E sonhos também maiores. Eu vi que eu podia ter sonhos maiores e que eu conseguiria alcançar”, diz.
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