As empresas que atuam no setor de importação enfrentam uma série de desafios, que vão muito além das questões comerciais tradicionais. Entre as dificuldades estão a tributação excessiva, a bitributação, obstáculos logísticos, variação cambial e até problemas climáticos, que podem comprometer seriamente os prazos de entrega e a competitividade dos produtos no mercado.
Eu conversei com empresários e executivos de empresas que dependem da importação de mercadorias, e eles me disseram que gerenciar esses obstáculos é um verdadeiro exercício de resiliência.
No caso específico da carga tributária brasileira sobre importados que atinge entre 60% e 70% do valor total e da bitributação, uma vez que os produtos são taxados tanto no país de origem quanto no Brasil, isso acaba elevando o custo final das mercadorias. Também a competitividade das empresas importadoras é afetada, pois os custos são repassados aos consumidores.
Outro desafio significativo para os empresários que atuam com importação é a flutuação cambial. Nos últimos 12 meses, o dólar variou entre R$ 5,00 e R$ 5,60, o que impactou os custos de importação em mais de 10%.
E em um cenário tão volátil, gerenciar as expectativas dos clientes se torna uma tarefa crucial. Empresas importadoras precisam investir em comunicação clara e previsões realistas de entrega, além de serem transparentes sobre os fatores que podem influenciar no preço final. Para o futuro, negócios ligados à importação já estão investindo em tecnologia e inovação para reduzir os impactos dessas variáveis. O uso de ferramentas como inteligência artificial e monitoramento logístico em tempo real podem ajudar a prever problemas e ajustar rotas de forma mais eficiente.
