Pressionados pelo desempenho abaixo do esperado nas eleições municipais, integrantes da bancada de parlamentares e também da executiva nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) acreditam que uma possível reforma ministerial deve buscar formas de centralizar o discurso e ações do governo, além de promover marcas da atual gestão.
Para membros da legenda, a necessidade de ajustes na Esplanada dos Ministérios passa pela repactuação com o próprio PT e com partidos aliados.
Entre as críticas estão a falta de uma centralidade de ações e uma agenda comum aos ministérios. Fontes do PT consultadas pela CNN, acreditam que falta coordenação e que, apesar de haver projetos e feitos do governo, falta foco.
Nessa análise, entra a discussão sobre uma “marca” para o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Para parte dos petistas, o governo – com quase dois anos – ainda não conseguiu que programas como o Pé-de-Meia sejam amplamente conhecidos e associados ao partido.
Além das críticas a Rui Costa, ministro da Casa Civil, que coordena e monitora as ações governamentais, os integrantes da sigla apontam ministérios que têm políticas de entrega, mas cujas ações são desconhecidas pela população.
Nesse contexto, pastas entregues ao centrão e ao PT são citadas. Entre elas: Integração e Desenvolvimento Regional, Previdência Social, Cidades, Saúde e Desenvolvimento e Assistência Social.
Os petistas não acreditam que todas essas pastas passariam por mudanças e entendem que Lula não deve fazer grandes mudanças.
Entretanto, para uma ala do partido seria preciso trabalhar para que a sociedade “reconheça” os feitos do governo.
PT pós-eleições municipais
O PT convocou uma reunião da comissão da executiva nacional nesta semana para discutir as eleições municipais.
Como mostrou a CNN, a portas fechadas, os dirigentes da legenda elevaram o tom das críticas aos ministros do Palácio do Planalto e defenderam uma reforma ministerial.
Apesar das pressões internas, Lula tem descartado uma ampla reforma ministerial e em um evento no Rio Grande do Norte (RN), neste mês, afirmou que não tem “pressa” em trocar de ministros.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Ala do PT vê reforma ministerial como forma de centralizar ações e promover marcas do governo no site CNN Brasil.