Meninas entre 10 e 14 anos são maiores vítimas de violência contra mulher no AM, segundo FVS

O boletim mais recente da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-RCP) revela que, em 2023, foram notificados 5.806 casos de violência contra mulheres. As faixas etárias mais atingidas são de 10 a 14 anos, representando 28,4% dos casos, seguidas por mulheres de 20 a 29 anos, com 19,1%, e de 15 a 19 anos, que somam 15,5%.

O documento detalha que 32,7% das notificações referem-se à violência física e 30,1% à violência sexual. Entre os casos de violência sexual, 43,2% são classificados como estupro de vulnerável, ou seja, em meninas menores de 14 anos; 29,3% são de estupro e 21,5% de assédio sexual.

A força corporal ou espancamento foi o meio de agressão mais frequente, registrado em 46,1% dos casos, e a residência foi o local de ocorrência em 67,6% das vezes.

Entre os encaminhamentos realizados, 45,3% das vítimas foram direcionadas à Rede de Saúde, enquanto 16,6% foram ao Conselho Tutelar. Além disso, 37,6% das mulheres que buscaram ajuda relataram já ter sofrido violência anteriormente.

O boletim destaca também que 18,4% das notificações foram em mulheres gestantes, das quais 59,9% tinham entre 10 e 14 anos, um dado que indica a ocorrência de estupro de vulnerável, já que a relação sexual com menores de 14 anos configura crime, independentemente de consentimento.

O levantamento faz parte das ações do Agosto Lilás, mês que marca a conscientização e combate à violência contra a mulher, promovido pela campanha “Feminicídio Zero – Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada”.

“A campanha Agosto Lilás é uma conscientização pelo fim da violência contra nós, mulheres, e o boletim epidemiológico sobre esse tipo de violência é uma forma de dar visibilidade ao tema, divulgando os dados notificados à saúde”, destaca a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Meninas entre 10 e 14 anos são maiores vítimas de violência contra mulher no AM, segundo FVS no site CNN Brasil.

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