
Foram liberados nesta segunda-feira, 29, os primeiros mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que evita a transmissão da dengue, Zika e chikungunya. Até o final do ano, a biofábrica deve liberar 26.156.800 ‘Wolbitos’ (média de um milhão por semana) em 13 bairros de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
O município foi escolhido pelo Ministério da Saúde para implementar a técnica levando em conta o número de casos prováveis de dengue nos últimos 10 anos, a incidência da doença nos últimos cinco anos e o clima da região.
Desde julho de 2023, o Paraná contabiliza mais de 587 mil casos confirmados e 571 mortes. Para a diretora de Atenção e Vigilância da Sesa, Maria Goretti Lopes, o sistema irá ajudar o Estado no combate ao Aedes aegypti.
Segundo o Ministério da Saúde, um projeto-piloto do método Wolbachia foi implementado em Niterói (RJ) em 2015 e, na época, a cidade teve redução de 70% nos casos de dengue, 60% de chikungunya e 40% de Zika.
Neste ano, além do Paraná, a biofábrica deve chegar a outras regiões do País: Natal (RN), Uberlândia (MG), Presidente Prudente (SP) e Joinville (SC). O representante da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Rivaldo Cunha, reforça que a técnica não agride o meio ambiente.
A cidade de Londrina, no noroeste do Paraná, também fará parte do projeto e ganhará uma biofábrica nesta terça-feira, 30.
Reportagem: Mirian Villa