Mãe e filho vítimas de acidente aéreo serão sepultados amanhã

Mãe e filho vítimas de acidente aéreo serão sepultados amanhã

Duas vítimas do acidente aéreo da VOEPASS serão sepultadas neste sábado, 17, em Cascavel, no oeste do Paraná. Elas são mãe e filho: Adriele Costa e Lucas Felipe Costa Camargo.

O destino era Aparecida do Norte, no interior de São Paulo. Cidade de turismo religioso, mãe e filho viajavam para agradecer a aprovação de Lucas na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Nesta sexta-feira, 16, foram entregues aos familiares 12 urnas funerárias, de Mariana Belim; Mauro Bedin; Deonir Secco; Miguel Arcanjo Júnior; Lucas Camargo; Adriele Costa; Raquel Moreira; José Roberto Ferreira; Sara Sera Langer; Rosângela Maria Oliveira; Gracinda Silva e Nelvio José.

Além do apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), a VOEPASS tem fretada aeronaves comerciais para o envio dos corpos das vítimas.

O acidente completa nesta sexta-feira, 16, uma semana. O voo 2283 da companhia Voepass saiu de Cascavel às 11h50. O pouso, que seria no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, estava previsto para 13h45. A aeronave caiu em Vinhedo, no interior paulista, pouco mais de 20 minutos antes do horário previsto para o pouso. Além de quatro tripulantes, 58 passageiros estavam na aeronave. Ninguém sobreviveu.

Quatro dias depois da tragédia, a companhia divulgou um pronunciamento. Nele, o presidente da VOEPASS, Comandante Felício, defendeu os procedimentos da companhia e garantiu que são adotadas as “melhores práticas internacionais” na operação dos serviços.

Nesta semana, a Força Aérea divulgou uma nota para garantir que nenhum veículo de imprensa teve acesso aos dados da caixa-preta do voo. Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) disse que áudios, transcrições ou dados dos gravadores de voo seguem preservados e não serão divulgados neste momento.

Neste período, o laboratório da Universidade Federal de Alagoas, que analisa imagens de satélite, identificou que o ATR que caiu em Vinhedo enfrentou forte turbulência. E ficou cerca de oito minutos em uma área de formação de gelo, com temperaturas de quase 40 graus negativos e ventos de até 70 quilômetros por hora.

A análise foi feita pelo pesquisador Humberto Barbosa.

Logo após a tragédia, a Anac decretou sigilo em uma auditoria sobre a Voepass iniciada em 2021. O presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, Marcelo Tavares, critica a decisão.

O relatório preliminar sobre as causas do acidente aéreo deve ser divulgado em até 30 dias.

Reportagem: Mirian Villa

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