Unifebe sedia Simpósio de Inteligência Artificial e Direitos Humanos

A primeira edição do Simpósio de Inteligência Artificial e Direitos Humanos, do Laboratório de Cidadania e Educação em Direitos Humanos, do Centro Universitário de Brusque – (Unifebe), reuniu pesquisadores, estudantes e egressos da instituição para analisar os reflexos da tecnologia em diferentes áreas do conhecimento. A programação contou com a mesa-redonda “Os impactos da Inteligência Artificial na Educação Superior” e uma live, abordando a inserção da IA na área da Saúde, seus benefícios, as promessas envolvidas e as dificuldades do setor.

Na segunda-feira, a programação foi voltada para a área da Saúde, com a Live mediada pelo professor Júlio Cezar do Pinho. A noite contou com a apresentação do psicólogo Bernardo Paim de Mattos, que trouxe uma perspectiva atual sobre o momento e perspectivas do uso das diferentes tecnologias na área do conhecimento.

Durante a abertura da mesa-redonda, o pró-reitor de Graduação, professor Sidnei Gripa, destacou ser um tema que tem atraído a atenção de professores e já foi abordado em dois momentos diferentes da formação continuada interna. De acordo com ele, é importante conhecer e desenvolver usos para as ferramentas, com a devida cautela e profundidade.

“É um momento bastante importante, com uma temática emergente, que está sendo abordada sobre as suas várias facetas, e a instituição, não podendo ficar atrás dessas discussões, tem trabalhado com bastante cuidado, mas levando isso para uma discussão ampla”, descreve.

Em linha semelhante, o professor Ricardo Viana Hoffmann, do Lacedh, reconhece a necessidade de ampliação do debate sobre o tema, assim como de regulamentação para o uso de inteligência artificial. “Que o simpósio seja mais um espaço para debate, de diálogo”, descreve. “É importantíssimo que no uso, nessa implementação de inteligência artificial, que tenha uma regulamentação e que seja guiado por princípios éticos, por uma legislação que proteja os direitos humanos e os direitos fundamentais de todo o ser humano”.

Tecnologia e educação
A professora Giselly Mondardo Brandalise foi mediadora da mesa-redonda que abordou a relação da IA com a educação. A programação contou com os professores, Julio Cesar Frantz, Fernando Luís Merízio, Julio Cezar do Pinho e Jonathan Nau.

Atribuindo a relação entre tecnologia e educação ao ritmo acelerado do desenvolvimento tecnológico e ao acesso mais amplo da população às ferramentas digitais, ela acredita que o interesse de pesquisadores e público sobre o tema são reflexo da promessa de contribuição que as ferramentas proporcionam para solucionar desafios educacionais. Ela acredita que debates, como os proporcionados durante o Simpósio, auxiliam a trazer reflexões e entendimentos sobre a IA. “Isso corrobora na promoção de um uso mais crítico e responsável das tecnologias, com o compromisso ético na utilização, desenvolvimento e aplicação das ferramentas de IA”, descreve.

Exemplifica com as possibilidades de personalização do aprendizado, acesso a recursos e suporte operacional. Outro benefício indicado por ela é a possibilidade de um preparo mais complexo de estudantes para atuar num mercado profissional com mudanças constantes.

“A influência da inteligência artificial alcança as mais diversas áreas, todas elas têm a melhoria da vida humana como objetivo final. O panorama para os próximos anos sugere maior integração relacional entre as diferentes áreas, com a IA desempenhando um papel importante na organização e na personalização do ensino. A colaboração entre diferentes áreas será fundamental para os próximos avanços tecnológicos e sociais”, projeta.

Reflexos diários
O professor Jonathan Nau esteve entre os debatedores e citou o uso de algoritmos para a melhoria da segurança em transferências bancárias ou aplicativos de gestão de mapas como exemplos da utilização diária das ferramentas. O pesquisador também trouxe para a discussão as alternativas existentes para manter um controle mais preciso sobre a tecnologia.

Ele projeta ainda avanços nas aplicações, sobretudo na medicina, robótica e educação. “Acredito que não vamos chegar a um ponto de ela resolver a totalidade dos nossos problemas, mas vai seguir se tornando melhor”, destacou.

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