
Diante da crescente preocupação global com as mudanças climáticas, as empresas estão mais conscientes da importância de reduzir a pegada de carbono em suas atividades. Aqui no Paraná, a Colorfix , que é conhecida no mercado brasileiro por trazer soluções ambientais na área de transformação do plástico, está bastante atenta aos problemas do clima e vem buscando alternativas para reduzir cada vez mais a pegada de carbono, que nada mais é do que uma métrica que mede a quantidade total de gases de efeito estufa, emitidos direta ou indiretamente por uma atividade, produto, empresa ou pessoa.
E a partir de hoje, a Colorfix, que atua há 35 anos na indústria de transformação do plástico, com fábrica em Colombo e filiais em São Caetano do Sul e Distrito Industrial de Recife, está lançando durante a Feira do Plástico, em São Paulo, um polipropileno produzido a partir de um percentual de resinas pós-consumo recicladas, que apresenta uma pegada de carbono negativa de 1,23.
Eu conversei com o diretor superintendente da Colorfix, Francielo Fardo, e ele me explicou que a nova linha, que vem sendo chamada de Revora CO2RE Carbono Reduzido, chega ao mercado após inúmeros estudos e análises voltadas para a redução de pegada de carbono não apenas nas estruturas da própria empresa, mas também a outros produtos e promete ser algo revolucionário dentro da indústria de transformação.
Francielo Fardo me disse que até então, o mercado tinha o Ácido Polilático como uma das melhores alternativas em relação ao meio ambiente por ser um material de fonte renovável e biocompostável, com uma pegada de carbono atingindo 0,97. Com o Revora CO2RE Carbono Reduzido a indústria conseguiu dar um salto. Além de ser um produto proveniente de material reciclado, a sua pegada de carbono é negativa e com características bem vantajosas. O novo produto conta com 11 compostos distintos voltados para os segmentos de embalagens, peças em geral, artigos de decoração, produtos de uso único, decks, automóveis, agronegócio e embalagens que não entrem em contato com alimentos, entre outros.
Quanto a indústria já investiu em estudos para reduzir a pegada de carbono?
A Colorfix já investiu mais de meio milhão de reais em estudos visando reduzir a pegada de carbono de seus produtos e da própria indústria. Seguindo o conceito circular, toda a linha é rastreada em relação a sua pegada de carbono, desde a extração da matéria-prima até o transporte e portão de saída da empresa. Todo esse processo utiliza a metodologia com base na ISO 14.067 alinhada as certificações ESG, que envolve as práticas sociais, ambientais e de governança, e certificação International Sustainability & Carbon Certification (ISCC), que fornece comprovação de conformidade com critérios ambientais, sociais e de rastreabilidade.
Em decorrência dos novos projetos, a indústria de Colombo, que fatura, hoje, R$ 80 milhões por ano, pretende dobrar suas vendas nos próximos cinco anos.