As vendas no varejo em março recuaram tanto ante fevereiro quanto em relação ao mesmo mês do ano passado, com apenas um segmento entre oito analisados pela Stone apresentando crescimento mensal, segundo dados da empresa de meios de pagamento divulgados nesta segunda-feira (14).
Ante fevereiro, as vendas do comércio brasileiro tiveram retração de 1,6% em março, de acordo com o Índice do Varejo Stone (IVS). Já na relação com o mesmo período de 2024, a queda foi de 1,8%.
O endividamento das famílias aliado à alta da inflação “tem pesado no consumo e ajuda a explicar a desaceleração do varejo nos últimos quatro meses”, disse o pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, Matheus Calvelli, em comunicado da companhia à imprensa.
Os dados foram divulgados depois que a rival Getnet divulgou na semana passada que as vendas no varejo ampliado avançaram 1,2% em março ante fevereiro, no segundo mês seguido de crescimento na comparação mensal, com destaques positivos para categorias que incluem móveis e eletrodomésticos, veículos e materiais de construção.
No levantamento da Stone, o comércio digital teve queda mensal de 12,9% e o físico apresentou baixa de 0,1%. No comparativo anual, o varejo online recuou 13,1% e o físico teve retração de 2,8% nas vendas.
Segundo a Stone, sete dos oito segmentos analisados tiveram queda de vendas em março: Material de Construção (5,5%), Tecidos, Vestuário e Calçados (3,4%), Móveis e Eletrodomésticos (2,7%), Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (2%), Artigos Farmacêuticos (1,9%), Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (0,3%) e Combustíveis e Lubrificantes (0,1%).
A única alta foi do setor de Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (2,2%).
Na relação anual, Material de Construção teve o melhor desempenho, com alta de 3,2% nas vendas em março, seguido por Combustíveis e Lubrificantes, que cresceu 2,3%.
Os demais setores caíram: Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (13,6%), Móveis e Eletrodomésticos (8,8%), Tecidos, Vestuário e Calçados (3,9%), Artigos Farmacêuticos (3,5%), Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (3,2%) e Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (1,3%).
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