Produtor de pêssego perde toda produção por causa do calor extremo: ‘este ano foi zero’


No ano passado, foram colhidas mais de 20 toneladas da fruta no pomar de 1,2 mil pés em Gavião Peixoto. Calor intenso prejudica safra do pêssego em Gavião Peixoto
As mudanças climáticas vêm afetando a produção agrícola há algum tempo, mas neste ano o calor intenso causou sérios prejuízos aos produtores de frutas.
As consequências da desordem no tempo foram sentidas pelo produtor de pêssego Neri José Tomasetto, de Gavião Peixoto (SP). Ele, que no ano passado colheu mais de 20 toneladas, neste ano não aproveitou nem mesmo um fruto para consumo próprio.
“De ano para ano há variação de produção, que isso é normal em frutas, agora, este ano foi zero”, lamentou.
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Safra de 2024 de pêssego de Gavião Peixoto foi afetada pelo calor extremo
Reprodução EPTV
Os pés até chegaram a florir, mas os pêssegos atingiram apenas o tamanho de uma moeda e depois secaram.
Nos mais de 20 anos que Tomasetto tem o cultivo de 1,2 mil pés da variedade Aurora, este é o primeiro que ele não teve colheita da fruta que, geralmente, ocorre entre outubro e novembro.
Toda a produção de pêssego de agricultor de Gavião Peixoto foi perdida por conta do calor intenso
Renan Ciconelo/EPTV Central
De acordo observatório europeu Copernicus, 2024 foi o ano mais quente já vivido pelo planeta Terra. O Brasil registrou a mais extensa seca de sua história recente.
O calor aconteceu justamente em momentos fundamentais para a florada e desenvolvimento do fruto. Entre junho e julho, os pessegueiros precisam de, pelo menos, 70 horas de frio, com temperturas abaixo dos 13º graus para que possa ter uma boa florada.
Mas, em 2024, o inverno na região teve dois verânicos e duas ondas de calor extremo, o que afetou a produção.
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